O delegado Rubens Miranda, responsável pelas investigações dos ataques criminosos em Guarapuava, na Região Central do Paraná, afirmou nesta sexta-feira (22) que a cada dia o caso fica mais difícil de ser solucionado.
Na noite do último domingo (17), bandidos aterrorizaram a cidade durante uma tentativa de assalto a uma empresa de valores. Três pessoas ficaram feridas, sendo dois policiais.
“Cada dia que passa, menor é a chance de encontrar. Mas tivemos já outras situações, que não foi desse tamanho e dessa grandeza, de que passado alguns dias, tivemos notícias de que, pelo menos, uns três estariam ainda homiziados no mato. Por isso que não cessamos as buscas. Infelizmente, vem muita coisa falsa para a gente e nós não temos como descartar”, disse em entrevista coletiva.
Mais de 200 policiais participam das buscas, com o apoio do Batalhão de Operações Aéreas da Polícia Militar (BPMOA). Drones com sensor térmico e óculos de visão noturna são utilizados na operação.
Nesta sexta-feira, uma nova arma de fogo abandonada pelos suspeitos foi encontrada pela PM, em Guarapuava. É o segundo armamento apreendido.
O delegado citou que forças de inteligência de outros estados também atuam na investigação. A suspeita é de que mais de 30 pessoas estejam envolvidas com a quadrilha.
“É um trabalho que demanda um certo tempo. Não é um negócio que resolva em uma semana ou mês. Pode ser que leve alguns meses ou até mesmo anos para solucionar o todo”, ressaltou.
Dois suspeitos foram detidos para esclarecimentos e liberados nesta semana. O segundo deles, um rapaz de 29 anos, tem um ferimento na perna que se assemelha a disparo de arma de fogo.
“Ele não nega que ele é ladrão, só que ele diz que estavam fazendo outros crimes ali, que não esse daqui. Não tem ainda o laudo, mas não era uma ferida tão recente. Aí ele contou uma história ali e estamos verificando, mas de pronto não existiam elementos para fazer essa prisão em flagrante”, explicou Miranda.
Segundo o delegado, o assalto foi frustrado porque os criminosos não estavam tão organizados.
“Eles resolveram abortar esse assalto em virtude da complexidade, me parece que eles não tinham uma ideia da logística do local, do layout. Eles ficaram meio que batendo cabeça, até chegarem no cofre […] Eles tinham informações lá dentro de que os policiais estavam chegando, com aumento do efetivo. Houve também uma informação, que acho que foi um fator importante, de que o Exército estava saindo para a rua”, detalhou.
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