Carol Dartora denuncia racismo após protesto em igreja de Curitiba


A vereadora de Curitiba Carol Dartora (PT) relatou nesta quinta-feira (9) ter recebido ofensas raciais nas redes sociais, após o protesto em uma igreja de Curitiba pelos assassinatos do congolês Moïse Kabagambe e de Durval Teófilo Filho, no Rio de Janeiro. 

 Carol Dartora divulgou o print de três mensagens recebidas via direct do Instagram em que foi chamada de "macaca fedorenta" e "preta safada". 

 "O ato pedindo justiça por Moïse e Durval tinha como objetivo o combate ao racismo. Estão aproveitando a distorção de sua finalidade e dos fatos para me ameaçar. Não entrei na igreja, mas não julgo quem expressa sua indignação. 

Nenhum tipo de violência deve ser tolerada", postou a vereadora nas redes sociais. A parlamentar ainda utilizou o plenário da Câmara dos Vereadores de Curitiba nesta quarta-feira para relatar as ofensas raciais sofridas nos últimos dias. 

 “Tenho sofrido várias acusações e calúnias, uma perseguição gigantesca, uma tentativa de atrelar o meu nome a algo que eu não estava fazendo, devido também ao racismo, por ser uma mulher negra e por ter estado também naquele local, me colocando enquanto uma pessoa que sempre lutou contra o racismo”, declarou Carol Dartora. 

 A vereadora é a primeira mulher negra a ser eleita para um cargo eletivo na Câmara Municipal de Curitiba e no início de 2021 sofreu diversas ameaças, o que provocou o aumento da segurança na sede do legislativo municipal. 

 “Eu ter a pele preta retinta me faz ser um alvo de violência, não importa o que eu faça, se é legítimo ou não. E é isso que é a violência racista, que a gente tem que discutir e falar [a respeito]. O que de errado eu fiz para que alguém se sinta no direito de dizer que eu deveria ir para a cadeia?”, finalizou a parlamentar. Paraná Portal
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