Estudantes da UEM criam próteses acessíveis e vão representar o Paraná em competição nacional


 Um grupo de estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está levando o nome do Paraná para a final nacional do Desafio Liga Jovem, promovido pelo Sebrae. A equipe desenvolveu o Asther, um projeto que busca tornar próteses de membros superiores mais acessíveis por meio da tecnologia de impressão 3D. A competição será realizada em Belém (PA), entre 29 de novembro e 4 de dezembro.


O Asther nasceu dentro da Enactus UEM, um programa de extensão universitária que estimula o empreendedorismo social. O grupo multidisciplinar reúne alunos de Direito, Engenharia, Design e Saúde, sob orientação da professora Leila Pessôa da Costa. A ideia surgiu da constatação de que as próteses mioelétricas disponíveis no mercado são caras — custam entre R$ 20 mil e R$ 80 mil — e inacessíveis para a maioria das pessoas com deficiência.


A estudante Giovana Godoy da Costa, do quarto ano de Direito e presidente do time Enactus, explica que a proposta é unir tecnologia e inclusão. “Queremos desenvolver uma prótese de alta qualidade, com custo muito mais acessível. A impressora 3D permite personalizar cada modelo conforme as necessidades de cada pessoa, garantindo conforto e autonomia”, afirma Giovana.


As próteses mioelétricas funcionam a partir de sensores que captam os sinais elétricos dos músculos, permitindo que o usuário movimente a prótese de forma mais natural e precisa, sem depender de mecanismos manuais. Segundo a professora Leila, o projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 10 – Redução das Desigualdades. Ela destaca que iniciativas como essa fortalecem a formação cidadã dos estudantes. “A universidade precisa formar profissionais preparados para o mundo do trabalho, mas também conscientes do seu papel social. Trabalhar com empreendedorismo de impacto é unir conhecimento, propósito e transformação”, comenta.


O nome Asther vem da estrela-do-mar, símbolo de regeneração e autonomia — valores que o grupo busca traduzir nas próteses que desenvolve. O projeto já passou por etapas de prospecção e testes de materiais e está avançando para o segundo protótipo. A equipe celebra a conquista de representar o estado e já mira o futuro. “Estar entre os finalistas é uma grande conquista, mas o nosso sonho é ver o Asther se tornar um negócio de impacto, capaz de transformar vidas em todo o país”, diz Giovana.


Além da competição, o time busca parcerias e apoio financeiro para continuar os testes e aprimorar o produto. Interessados em colaborar podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail enactus.uem@gmail.com.


O Desafio Liga Jovem é considerado a maior competição de empreendedorismo e tecnologia estudantil do Brasil, e nesta edição reúne mais de 62 mil participantes de todo o país. Para o grupo da UEM, mais do que disputar um prêmio, o objetivo é aprender, compartilhar experiências e continuar inovando com propósito. GMConline

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