Quatro em cada dez gestantes no Brasil não sabem da existência de um calendário vacinal específico para a gravidez. Os dados são de um levantamento do Instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Idec) encomendado pela farmacêutica Pfizer.
A pesquisa ainda revela que 60% das entrevistadas acreditavam que a imunização garantia proteção apenas à mãe – quando o benefício é estendido também ao bebê.
Entre os motivos para o desconhecimento aparece a falta de orientação por parte dos médicos – 11% dos profissionais de pré-natal não falaram sobre as vacinas com os pacientes.
A médica responsável pelo centro de vacinas do Hospital Pequeno Príncipe, Heloísa Giamberardino, também explica que o calendário vacinal comumente é mais associado a crianças e idosos. Por isso, a profissional ressalta ser fundamental a orientação por parte dos médicos.
Na contramão do que orientam especialistas, o levantamento revela que 11% das entrevistadas das classes A e B receberam dos próprios médicos a recomendação de não se imunizar durante a gravidez. A coordenadora do centro de vacinas relembra que, muitas vezes, pessoas morrem por não terem se imunizado contra doenças com vacina gratuita no SUS.
Em todo o Brasil, gestantes recebem gratuitamente as vacinas tríplice bacteriana, contra hepatite B, influenza, tétano e difteria, além do imunizante contra a Covid. Com a imunização, os anticorpos da mulher são transferidos para a criança pela placenta e, após o nascimento, por meio da amamentação. Band News