Um homem foi condenado a mais de 62 anos de prisão, no Tribunal do Júri de Cianorte, no Noroeste do Paraná, pelos crimes de estupro de vulnerável e homicídio qualificado. A vítima era o enteado do réu e tinha três anos de idade à época do crime, em março de 2021. Conforme a denúncia, o agora condenado mantinha um relacionamento com a mãe da criança. Ela deixava o filho com o homem para poder trabalhar.
O Ministério Público sustenta que a criança sofreu abuso sexual e acabou com graves ferimentos. A vítima foi alvo de outras agressões, o que causou diversas lesões e forte hemorragia interna. A criança não resistiu. O promotor de Justiça, José Tiago Chesine Gois, conta que o homem deu banho e trocou a roupa da criança, depois que ela já estava morta, antes de buscar por socorro.
Após o crime, o homem levou o enteado até a casa de familiares, que moravam no mesmo terreno da mãe da criança. Logo em seguida, o menino foi encaminhado até a Unidade de Pronto Atendimento mais próxima. Quando a família chegou ao local, já não havia mais nada que pudesse ser feito para salvar a criança.
Durante o inquérito, para embasar a denúncia, foi feita a reprodução simulada dos fatos, além da confecção de perícias, entre elas o exame de DNA.
Houve aumento de pena, pelo crime de estupro de vulnerável, por ter sido cometido pelo padrasto, que convivia com a vítima e possuía autoridade sobre ela. No caso do homicídio, o Júri reconheceu a qualificadora de o crime ter sido praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, com violência empregada por um adulto contra uma criança de apenas três anos de idade e com o emprego de meio cruel. A denúncia também observava que o homicídio tinha sido cometido para assegurar a ocultação e impunidade do crime de estupro de vulnerável.
O réu permaneceu preso de forma preventiva, durante o curso do processo. Agora, ele vai iniciar o cumprimento da pena em regime fechado. O Júri foi realizado nesta terça-feira (03) e a informação foi publicada pela Promotoria nesta quarta (04). Band News