A Justiça suspendeu temporariamente as audiências que deveriam ouvir testemunhas do caso do desaparecimento da adolescente Isis Victória Mizerski, de 17 anos. Isis estava grávida quando desapareceu em Tibagi, na região dos Campos Gerais. O vigilante Marcos Vagner de Souza é réu por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, dissimulação e feminicídio), ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento da vítima.
Dezoito testemunhas foram ouvidas, 16 de acusação e duas de defesa. O advogado do vigilante, Vinicius Cardozo detalha que, neste caso, sem um corpo, o depoimento das testemunhas é fundamental para esclarecer o crime.
Segundo o advogado da família de Isis, Cláudio Daledone, a defesa do réu tenta arrolar mais uma testemunha no processo para tentar mudar os rumos do processo.
A adolescente de 17 anos, saiu de casa no dia 6 de junho e não foi mais vista. Ela iria encontrar Marcos Wagner para conversar sobre a gravidez. Ele é apontado como pai da criança. Na conclusão do inquérito, a Polícia Civil afirmou que, apesar de não haver corpo, os indícios são suficientes para afirmar que houve um homicídio e que o vigilante foi o autor do crime.
Após quatro meses do desaparecimento, o corpo de Isis não foi encontrado. O vigilante, de 35 anos, está detido desde o dia 17 de junho.
Para a polícia, existem muitas evidências que apontam a autoria do crime para Marcos Vagner de Souza. Uma delas é o depoimento de uma testemunha, que diz que dois dias antes do desaparecimento, o homem foi a uma farmácia pedir remédio abortivo. Imagens de câmera de segurança mostram ele na região onde Isis enviou a localização à mãe.
Além disso, vídeos apontam “imprecisões” em trechos do depoimento do réu. O advogado da família da vítima ainda afirma que o vigilante era um homem violento.
Mesmo preso, o vigilante nega o crime. Bem Paraná