Os especialistas climáticos demonstram preocupação com a aproximação do fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo esfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico e pela queda nas temperaturas globais. No Brasil, ele causa fortes chuvas no Norte e no Nordeste e seca com aumento de temperaturas no Sul. Com a falta de chuva, há risco de desabastecimento de água em Curitiba e Região Metropolitana.
Entre 2020 e 2022, durante a passagem deste fenômeno, os moradores do Paraná, em especial os da Grande Curitiba, sofreram com um desabastecimento histórico. Na época, rodízios de até 36 horas sem água se tornaram a solução para evitar que a crise ficasse ainda mais séria. Isso porque a falta de chuva impediu o abastecimento dos reservatórios estaduais, que operaram com pouco mais de 10% da capacidade.
O racionamento começou em março de 2020 e durou 650 dias. O período mais crítico foi em outubro de 2021, quando as barragens paranaenses chegaram a 4,5% da capacidade total.
Essa foi a pior crise hídrica nos últimos 80 anos na bacia Paraná-Prata, essencial para a geração de energia hidrelétrica no estado.
Parlamentares cobram medidas para prevenir o desabastecimento de água na Grande Curitiba
O pré-candidato à Prefeitura de Curitiba e deputado estadual do Paraná, Ney Leprevost (União), alerta para a importância de adotar, desde já, medidas para que o impacto do La Niña não seja sentido fortemente na Grande Curitiba.
“As temperaturas altas e o baixo nível de chuvas podem levar a uma nova estiagem. É fundamental que os órgãos responsáveis estejam atentos para agir com antecedência e evitar o agravamento da situação”, destaca o parlamentar.
Leprevost também demonstra preocupação com as mudanças climáticas por considerar os eventos extremos, como as fortes chuvas que atingiram e devastaram o Rio Grande do Sul no início deste mês.
*Com assessoria