Em menos de 4 meses, Curitiba já confirmou 100 casos de hepatite A em 2024. O número é 10 vezes maior que a média histórica de casos esperados para os 12 meses do ano na capital. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os dados preliminares foram contabilizados até a tarde de quinta-feira (18).
Dos casos confirmados até aqui, 62% precisaram de internamento e 6% de internação em leitos de UTI. Três pessoas morreram por conta da doença: uma mulher de 29 anos, e dois homens, de 40 e 60 anos. Ainda segundo a secretaria, por conta de complicações, um homem de 46 anos necessitou de transplante hepático. Ele se recupera em casa.
A maior parte dos casos, 81%, atinge homens jovens entre 20 e 39 anos. De acordo com Marion Burger, médica do centro de epidemiologia da SMS, os sintomas da hepatite A muitas vezes podem ser confundidos com outras doenças.
Uma das principais manifestações também está em uma aparência mais amarela da pele e do olho. A doença, que é uma inflamação do fÃgado, pode ser transmitida por água ou alimentos contaminados, além de relações sexuais. A médica orienta que cuidados básicos de higiene são fundamentais para a prevenção.
Na rede pública de saúde, há vacina disponÃvel contra hepatite A para crianças até cinco anos incompletos. A aplicação é feita em todas as unidades básicas de Curitiba. Já no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), o imunizante está disponÃvel para todas as faixas etárias de pessoas com doenças crônicas no fÃgado ou imunodeficiência. Band News