Allana Brittes, condenada a seis anos de prisão pela morte do jogador Daniel Correa Freitas, teve a prisão determinada pelo juiz Thiago Flores Carvalho ao fim do julgamento do caso nesta quarta-feira (20). O magistrado ordenou que ela fosse encaminhada para a Penitenciária Feminina de Piraquara assim que o júri popular, que durou três dias, acabasse.
O julgamento foi realizado no Fórum de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde o crime aconteceu em novembro de 2018.
Allana foi condenada pelos crimes de fraude processual, coação do curso do processo e corrupção de menores. A pena anunciada foi de seis anos, cinco meses e seis dias de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado.
Allana e os pais, Edison Brittes e Cristiana Brittes, não estiveram presentes na leitura da sentença. Os três foram condenados, sendo que Edison teve a pena mais dura – 42 anos de prisão. Os outro quatro acusados foram absolvidos no caso.
ERRO EVIDENTE, DIZ ADVOGADO DE DEFESA DA FAMÍLIA BRITTES
O advogado Elias Mattar Assad afirmou categoricamente que existe um erro na pena sentenciada a Allana Brittes.
“A [pena da] Allana foi um erro do julgamento. É risível, se não fosse trágico. É o que menos nos preocupa porque há erro evidente na dosimetria da pena. Tem uma série de fatores aí. Pela lei brasileira, abaixo de oito [anos] é regime semiaberto. Como ela já cumpriu em torno de 10 meses, é um absurdo Mas eu acredito que, por razões que eu desconheço, não seria bom sair daqui apenas o Edison preso. Tirando a Allana, o resto do pessoal foi absolvido”, disse o advogado em entrevista à rádio BandNews FM Curitiba.
A sentença de Allana surpreendeu até mesmo os advogados de acusação, que alegou satisfação com o resultado do julgamento do caso Daniel.
“A absolvição dos demais réus me pareceu justo, até. Em decorrência de todo um trabalho para se separar o joio do trigo. A família [do Daniel] não tem oposição nenhuma e não vai recorrer. Ficou esclarecido quem realmente fez a maldade com o jogador”, afirmou o advogado Nilton Ribeiro, assistente na acusação.
Edison foi condenado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar defesa da vítima. Ele também foi acusado por ocultação de cadáver e coação do curso do processo, corrupção de menor e fraude processual.
Cristiana Brittes: Pena de seis meses de detenção
Esposa de Edson, ela foi condenada corrupção de menor, coação do curso de processo e fraude processual. Contudo, Cristiana Brittes foi absolvida do crime de homicídio.
Allana Brittes: condenada em todas as acusações. Pena de 6 anos, 5 meses e 6 dias de prisão (regime fechado);
Filha do casal, Allana foi condenada por fraude processual, coação do curso do processo e corrupção de menor.
David Willian Vollero Silva: Absolvido.
David é marido de Allana e foi inocentado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem possibilitar defesa da vítima e meio cruel), além do crime de ocultação de cadáver.
Eduardo Ribeiro da Silva: Absolvido.
Eduardo foi inocentado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem possibilitar defesa da vítima e meio cruel), além do crime de ocultação de cadáver.
Ygor King: Absolvido.
Ygor foi inocentado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, sem possibilitar defesa da vítima e meio cruel), além do crime de ocultação de cadáver. Paraná Portal