O Paraná registrou 158 mortes em decorrência de intervenção policial no primeiro semestre, segundo balanço divulgado pelo Ministério Público do Estado nesta terça-feira (12). A maioria das mortes ocorreram em confronto com a Polícia Militar (156). Segundo o levantamento feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Paraná contabilizou duas mortes provocadas por confronto armado com a Guarda Municipal (GM).
Não houve registro de morte causada por policiais civis.
Se comparado com os primeiros seis meses de 2022, houve uma queda de 37,8% no número de mortes provocadas por intervenção policial no mesmo período para este ano. No ano passado, contudo, o Estado registrou o maior número de mortes por confronto com as forças policiais em oito anos.
Procurador de Justiça e coordenador do Gaeco, Leonir Batisti afirmou que a queda é resultado de uma “conversa com a PM” e do afastamento de policiais envolvidos neste tipo de caso. “Nós atribuímos a queda às atividades de apuração e ao compromisso do comando da PM”, disse durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (12).
De acordo com o Gaeco, Curitiba é a cidade que mais contabiliza mortes desta natureza no primeiro semestre de 2023: pelo menos 33. Londrina (16) aparece em segundo lugar, seguida de Apucarana (8).
Houve registros de mortes de civis em confronto em 50 cidades paranaenses (veja a tabela completa abaixo).
As duas mortes registradas por intervenção da Guarda Municipal ocorreram em Curitiba e Cascavel. Procurada pela Banda B, a GM de Curitiba informou que “qualquer situação de confronto em que haja disparo de arma de fogo com munição letal ou menos letal, ainda que não resulte em morte, é apurada pela Corregedoria da Guarda Municipal de Curitiba”.
“A corporação obedece ainda a protocolos internacionais de emprego da força”, acrescenta a guarda, em nota.
A reportagem fez contato com a Polícia Militar para comentar os dados e aguarda retorno. Banda B