A Comissão Especial do Transporte da CMC (Câmara Municipal de Curitiba) promoveu mais uma agenda na sexta-feira (22). Desta vez, o grupo, formado por oito parlamentares, esteve na sede da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep). Criado em 2023, o órgão é a antiga Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), vinculado ao Governo do Paraná e responsável por fazer a gestão da integração dos sistemas de transporte coletivo da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Hoje, a Rede Integrada de Transporte atende 19 das 29 cidades da região metropolitana. No relatório, a Amep trouxe informações atualizadas sobre a RIT, que conta com 17 terminais de ônibus, 5.774 pontos de parada, incluindo a capital, e 201 linhas regulares, onde cada uma tem, em média, 25,8 km de extensão.
A rede integrada transporta cerca de 388,4 mil passageiros em dias úteis.
Segundo o diretor-presidente da Amep, Gilson Santos, mais de 70% dos usuários que metropolitanos que chegam a Curitiba são através da rede integrada.
Ações da agência visando ampliar o atendimento aos usuários da RMC também foram destaque na reunião, como a implantação da tarifa diferenciada fora dos horários de pico na linha Pinhais-Guadalupe e a integração temporal no Terminal Guadalupe.
Para o diretor-presidente da Amep, o transporte coletivo é um tema “super relevante” e a criação de uma comissão especial com foco na próxima licitação do sistema da capital demonstra uma preocupação da Câmara com uma parcela da sociedade que precisa utilizar o transporte coletivo.
Para Bruno Pessuti (Pode), relator da comissão, o sistema metropolitano é complexo, com uma população que é quase do tamanho da cidade de Curitiba. Na sua análise, o futuro ideal seria um único sistema de transporte coletivo, totalmente integrado, com uma única tarifa, “para facilitar a vida do usuário”.
“Esta reunião foi muito importante para entendermos as complexidades. […]
Com certeza vão surgir sugestões [para a licitação, a partir desta reunião] porque foram apresentados dados estatísticos de picos [no sistema] que fazem com que a tarifa sazonal ou até mesmo a integração temporal, que já são leis municipais, tenham sentido na vida do usuário. Também debatemos a tarifa zero, que é uma das pautas da comissão, para que Curitiba e RMC se desenvolvam e sejam mais atrativas ao usuário”, afirmou. Paraná Portal