O crescimento expressivo do número de adolescentes de 16 e 17 anos aptos a votar entre a última eleição e a deste ano obriga os candidatos a buscar maneiras de se comunicar com esse grupo. No caso da disputa presidencial, na qual os concorrentes mais competitivos já passam todos dos 50 anos de idade, esse diálogo pode ser um tanto desafiador.
Com a ajuda de equipes de marketing, os postulantes ao Planalto têm se aventurado nas redes sociais mais caracterizadas pela presença de jovens, como TikTok e Kwai.
Essas plataformas têm características diferentes das “tradicionais”, como Facebook, Twitter e Instagram. Nelas, a regra é ser objetivo. Não há espaço para grandes textos ou ideias complexas, e a circulação de conteúdo praticamente independe da rede de contatos. Por isso, é preciso investir em conteúdo com potencial para “viralizar”, como dancinhas, clipes curtos com muita informação, piadas e “lacradas”.
Candidato com mais seguidores no conjunto das redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) abstraiu o fato de tanto o TikTok quanto o Kwai terem sido inventados na China e apontados como possivelmente frágeis e opacos em relação à segurança e privacidade e criou seus perfis nas duas plataformas vários meses antes do início da campanha.
Não apenas os candidatos estão atentos ao alcance do TikTok e do Kwai. Como parte de um grande esforço contra a desinformação no contexto das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fechou parcerias com as duas redes para combater fake news e ajudar a tirar dúvidas dos jovens aptos a votar. Banda B