O presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou para trás a frágil trégua que vinha mantendo com o Poder
Judiciário e voltou a criticar abertamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seus ministros. Além de fustigar a Corte eleitoral por causa do acordo com o WhatsApp, que ele tenta reverter, Bolsonaro estimula um clima de disputa entre o órgão e as Forças Armadas, tendo como pano de fundo a organização das eleições deste ano.
A estratégia ficou evidente na última edição da live semanal que o presidente transmite nas redes sociais. Na quinta-feira (14/4), o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos.
Bolsonaro deu a entender ainda que o TSE estaria resistindo a acatar sugestões das Forças Armadas em relação à segurança das eleições, e reclamou do adiamento, pela Corte, de uma reunião que havia sido pedida pelos militares, o quais, em sinergia com os anseios de Bolsonaro, estão insistindo em discutir questionamentos que enviaram ao TSE no início deste ano, e que foram respondidos em fevereiro, num arquivo com 700 páginas de anexo.
Banda B