Athletico perde caminhão de gols e tropeça na estreia em Caracas


 Não era a estreia que o Athletico esperava. A estreia do Furacão na Copa Libertadores da América, diante do Caracas, na noite desta terça-feira (5), terminou em um empate sem gols na capital venezuelana. Superior do início ao fim, faltou traduzir isso em uma única coisa: gols.


Ao longo dos 90 minutos, a equipe do técnico Alberto Valentim teve as melhores oportunidades de gol, mesmo sem uma grande apresentação. Irregular, o Rubro-Negro teve momentos de velocidade, porém também dependeu muito dos lances individuais.


Já o Caracas, por sua vez, tentou surpreender no primeiro tempo, sobretudo com a sua dupla ofensiva de atacantes africanos. Fortes e velozes, eles deram trabalho à defesa athleticana. Todavia, a equipe venezuelana claramente queria os contragolpes para somar pontos.


Na reta final, na base do abafa, o Athletico ainda tentou, mas não conseguiu furar a retranca local. E ainda escapou da derrota aos 48 minutos da etapa final, quando o goleiro Bento saltou para evitar um resultado ainda pior na estreia do Rubro-Negro em sua oitava Libertadores.


Agora, o Furacão volta às suas atenções à largada do Athletico fará 10 mil km na 1ª fase, uma das mais ‘fáceis’ entre brasileiros, a equipe volta a campo no próximo dia 14, diante do The Strongest, na Arena da Baixada. Um dia antes, o Caracas vai ao Paraguai encarar o Libertad.


Pés descalibrados no primeiro tempo

Quando a bola rolou na capital venezuelana, Caracas e Athletico logo deixaram claras as suas estratégias para a partida. Mais forte e com mais responsabilidade de vencer na estreia, o Furacão tomou as rédeas do jogo desde o princípio, e pelos dez minutos iniciais, a impressão é que o primeiro gol seria apenas questão de tempo.


Com velocidade e usando os dois lados do campo, o Rubro-Negro chegou já aos quatro minutos, quando Terans saiu na cara do gol e fez o arqueiro Baroja trabalhar. Da sua parte, o time da casa tinha os contra-ataques como principal artifício, apostando principalmente nos velozes e fortes africanos Bonsu e Akinyoola.


Aos 12, foi a vez de Cuello tentou o chute, com o gol aberto, e a bola explodiu na zaga venezuelana. O Caracas só assustaria aos 20 minutos, quando o goleiro Bento parou chute cruzado de Bonsu. Entre esses e outros lances, muitos arremates foram desperdiçados, o que indicava que os pés estavam claramente descalibrados na primeira etapa.


Foram 12 chutes a gol para cada equipe, com o Athletico acertando quatro e o Caracas apenas um. A partir dos 25 minutos, mesmo com 70% de posse de bola, o Rubro-Negro tornou-se mais lento – em parte por conta do forte calor na cidade –, mas ainda assim criou pelo menos mais duas boas chances de abrir o marcador, porém não aproveitou.


Mesmo sem estar em uma jornada brilhante, os athleticanos tinham pelo que esperar na etapa complementar.


Mais chances perdidas e um quase castigo

Sem alterações, o segundo tempo começou da mesma maneira que o primeiro terminou: o Athletico mais com a bola, mas falhando no momento do arremate final. Aos cinco minutos, Cirino recebeu na área e bateu prensado para fora. Aos nove, Terans cobrou falta e o goleiro Baroja foi buscar para salvar os donos da casa.


O arqueiro do Caracas, aliás, foi um dos nomes da etapa final. Aos 17 minutos, logo após a troca de Pablo por Marlos, ele evitou um gol certo e forte arremate de Cristian. Com o jogo todo a seu favor, Alberto Valentim fez mais trocas, com Vitor Bueno e Khellven nas vagas de Cuello e Orejuela.


O volume athleticano passou a ser intenso, e o Caracas tentava apenas se defender, pois não conseguia encaixar nenhum contra-ataque. Aos 31 e aos 34 minutos, Terans teve mais duas chances de frente para o gol, contudo o camisa 20 rubro-negro errou o alvo em ambas as chegadas ofensivas.


Satisfeito com o empate, o Caracas passou a amarrar a partida nos minutos finais. Todavia, os venezuelanos poderiam ter vencido, não fosse Bento. Akinyoola puxou rápido contra-ataque e bateu forte, rasteiro, obrigando o arqueiro athleticano a salvar os visitantes de um resultado pior.

Banda B

Postagem Anterior Próxima Postagem