O Athletico venceu a primeira na Copa Libertadores da América deste ano. O Furacão sofreu diante da retranca dos bolivianos do The Strongest, mas se doou e, com alterações precisas do técnico Fábio Carille, venceu por 1 a 0 na noite desta quinta-feira (14), na Arena da Baixada. O resultado coloca o time na vice-liderança do Grupo B, com quatro pontos.
Com uma estratégia clara, o Tigre da BolÃvia praticamente não atacou o Athletico durante toda a partida. Da sua área, o goleiro rubro-negro Bento pode ver o esforço dos seus companheiros em construir a vitória dos donos da casa. No primeiro tempo, isso foi mais na individualidade do que na organização.
Já na etapa final, depois de algumas orientações de Carille, a equipe manteve a pressão sobre o The Strongest por 16 minutos, até que Vitinho e Marcelo Cirino entraram na equipe. E foi a cria do CT do Caju, emprestado pelo DÃnamo de Kiev, que fez jogada individual e acabou derrubado na área. Coube a David Terans, de pênalti, fazer o gol do jogo.
Na próxima rodada da Libertadores, o Athletico vai até Assunção no dia 26 de abril, para encarar o Libertad, às 19h15, no Estádio Defensores del Chaco. Antes, o Furacão recebe o Atlético-MG neste domingo (17), às 18h, no Joaquim Américo, pelo Brasileirão. Em seguida, a equipe viaja mais de 2,5 mil km para enfrentar o Tocantinópolis-TO fora de casa, às 19h da próxima quarta-feira (20), pela Copa do Brasil.
Já o The Strongest vai receber o Caracas em Laz Paz, no dia 27 de abril, às 23h. Antes, faz três jogos pelo Campeonato Boliviano, contra Oriente Petrolero, Club Atlético Palmaflor e Universitário.
Ferrolho do Tigre leva a melhor na etapa inicial
Antes da bola rolar na Arena da Baixada, o técnico Cristian DÃaz declarou à imprensa boliviana que um empate seria bem-vindo em Curitiba. Quando a partida começou no Joaquim Américo, ficou claro o que o treinador argentino queria dizer com isso. O The Strongest amarrou o quanto pode a partida, e só tentou levar perigo em poucas bolas cruzadas na área.
Com a responsabilidade de vencer, o Athletico teve ampla posse de bola, mas enfrentou sérias dificuldades de se organizar. Sem muita criatividade no campo ofensivo – David Terans não conseguia articular com qualidade –, o Furacão dependia e muito de jogadas individuais. E foi assim que criou algumas oportunidades.
Aos dez minutos, Cuello chutou na rede pelo lado de fora, em lance individual pela esquerda. Pelos 24 minutos seguintes, praticamente nada aconteceu no confronto. O Tigre boliviano tentou parar a partida o quanto pode, amarrando as ações em favor da sua estratégia. Apenas aos 34, em lance individual e arremate de Canobbio, que foi para fora, o Furacão voltou a assustar.
Insatisfeito com o que via em campo, o técnico Fábio Carille mandou os reservas para o aquecimento antes mesmo do intervalo. Por coincidência ou não, quem estava jogando tentou criar alguma coisa ofensivamente. Aos 38 minutos, na melhor chance, Canobbio perdeu o gol com a meta aberta, após belo lance de Hugo Moura.
Deu tempo ainda, aos 46, de Pablo desperdiçar depois de um lindo lance individual de Terans, que esteve apagado em praticamente toda a etapa inicial. Enquanto a torcida oscilava entre momentos de grande apoio e impaciência, Carille deu indicações de que mandaria um Athletico modificado para o segundo tempo.
Vitinho faz a diferença
Sem modificações, os dois times voltaram para o segundo tempo com as mesmas posturas vistas nos 45 minutos iniciais. Se os donos da casa queriam o gol a todo o custo, o time boliviano só se preocupava em se defender, e demorar o quanto podia a cada reposição de bola, fosse em tiros de metas, faltas ou laterais.
Nos primeiros dez minutos foram quatro chutes a gol, mas apenas o de Terans foi na direção certa, com o goleiro Viscarra impedindo o primeiro tento da partida. Aos 16, Carille promoveu as entradas de Vitinho e Marcelo Cirino nos lugares de Cuello e Pablo. No minuto seguinte, o treinador mostrou ser pé quente. Em jogada individual, Vitinho foi derrubado na área.
Na cobrança, Terans bateu com força e abriu o marcador no Joaquim Américo. O gol tirou um peso enorme das costas do athleticanos, que passaram a tocar com mais tranquilidade e, aos poucos, começaram a criar várias oportunidades de aumentar o placar. Contudo, ora os chutes não atingiam o alvo, ora o goleiro Viscarra fazia a sua parte e impedia o segundo do Furacão.
Vitinho, aos 36 minutos, e Marlos, aos 44, tiveram as melhores chances de balançar as redes para os donos da casa. Mesmo sem o gol, valeu pela primeira vitória desde o dia 20 de março, os três pontos em casa na Libertadores, e a largada com um triunfo do novo treinador rubro-negro.
Banda B