Prefeito de Morretes se defende de possível cassação e diz que investigação é ‘circo político’


 O prefeito da cidade de Morretes, Sebastião Brindarolli Junior (PSD), se defendeu da acusação que pode levar à cassação do mandato, em vídeo divulgado nas redes sociais, nesta sexta-feira (25). Ele afirmou que a denúncia de interrupção de atendimento especial a estudantes com autismo é falsa e chamou a comissão feita pelos vereadores de ‘circo político’.


A resposta veio dois dias após a Casa Legistaliva da cidade aprovar o início dos trabalhos da Comissão Processante que irá investigar o prefeito pela suposta prática de infração política administrativa. Brindarolli disse que a situação o deixou ‘triste e indignado’.

 

“Porque estão usando uma causa tão nobre, que é a defesa dos direitos dos autistas, para uma armação política. Um verdadeiro circo fomentado por um adversário político frustrado porque não teve espaço na nossa gestão”, iniciou.


Brindarolli é suspeito de ter interrompido, na Rede Municipal de Ensino, a disponibilidade de um acompanhante especializado para os estudantes com transtorno do espectro autista, prevista por lei.


Abertura da comissão que pode levar à cassação do Prefeito de Morretes


O pedido de abertura da Comissão Processante foi apresentado pelo advogado Aurélio Savi. Ele argumentou que estudantes com transtorno do espectro autista, incluídos nas classes comuns de ensino regular, têm direito a um acompanhamento especial durante as aulas.


O prefeito também falou sobre este detalhe em específico e citou que a Secretaria de Educação da cidade está tomando as ‘medidas cabíveis’ para se posicionar sobre o tema. Além disso, ele relembrou o arquivamento de um processo semelhante contra si por parte do Ministério Público (MP), ação que também aconteceu em março.


 

“Em relação a esta falsa denúncia, quero dizer que todas as medidas legais foram executadas e estão sendo executadas pela Secretaria de Educação. Nos próximos dias, iremos desmascarar estes oportunistas”, frisou.


Trabalhos da comissão

O pedido de abertura do procedimento foi acatado pela maioria dos vereadores e agora segue os trâmites dentro da Câmara. A Comissão Processante terá 90 dias para concluir os trabalhos. Ela é composta pelos vereadores: Airton Tomazi (presidente), Celsinho do Alface (relator) e Fabiano Cit (integrante).


“Repito a todos: é uma perseguição pessoal, que somente visa atrapalhar a nossa gestão. Gestão essa em que fui escolhido por quase 5 mil eleitores na nossa cidade”, disse Brindarolli.


Banda B

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