O jogador de futsal paranaense Claudinho Garcia é um dos brasileiros que seguem na Ucrânia duas semanas após a invasão da Rússia. O atleta está em Kherson, na região sul, que foi tomada pelo exército russo no último dia 03.
Em entrevista exclusiva ao Paraná Portal, o ala, que está em um apartamento com outras duas pessoas, contou que existe um clima de tensão em Kherson e falta comida nos mercados. "Comida está escassa nos mercados, quase não tem mais nada de alimentos", falou.
"Eu estou no apartamento com outro brasileiro e a tradutora. A situação hoje está mais tranquila, mas mesmo assim sentimos um clima de tensão, porque está tendo muitos protestos, então você sente esse clima", acrescentou o jogador.
Claudinho Garcia joga no MFC Prodexim e está na Ucrânia há um ano e nove meses. Ele disse que tinha uma "vida confortável" antes da invasão do exército russo e sempre com o apoio dos torcedores nos jogos. "[Vida] era boa.
A cidade nos recebeu muito bem e o ginásio sempre estava lotado para jogar. Uma vida confortável", disse.
O DESEJO DE CLAUDINHO GARCIA EM DEIXAR A UCRÂNIA E RETORNAR PARA O BRASIL
A cidade de Kherson fica próxima da fronteira com a Rússia e distante das saídas para outros países. Por isso, Claudinho aguarda pelo cessar-fogo para deixar a Ucrânia e segue em contato com a embaixada brasileira. "Estamos esperando um cessar-fogo e sempre conversando e esperando o melhor momento para sairmos", declarou.
O jogador de futsal ainda não tomou a decisão se pretende continuar jogando na Ucrânia depois do fim da guerra. O único objetivo do momento é voltar para o Brasil e reencontrar a família.
"Ainda não sei. Primeiro quero sair e voltar para o Brasil, ver meus filhos, família e amigos e então decidir o que fazer. Tenho contrato com o clube até junho e quando estiver no Brasil em segurança vou escolher o que fazer", afirmou.
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