O Coritiba cumpriu a sua missão na 11ª e última rodada da fase de classificação do Campeonato Paranaense. Jogando no Estádio Couto Pereira, a equipe do técnico Gustavo Morínigo venceu o Maringá FC por 3 a 1, de virada, na tarde deste domingo (6), terminando a primeira etapa do Estadual na segunda posição, com 21 pontos.
A pontuação foi a mesma do líder Operário, mas a equipe de Ponta Grossa terminou a sua participação com um saldo superior (dez a sete em favor do Alvinegro da Vila Oficinas). Assim, o Coxa garantiu o segundo jogo na fase de mata-mata em casa, e o adversário será o Cianorte, que perdeu para o Londrina e fechou na sétima colocação.
Os primeiros 45 minutos no reduto coritibano foram de muita movimentação, com direito a um frango retumbante do goleiro coxa-branca Alex Muralha. Mesmo saindo atrás no placar, em nenhum momento o Verdão sentiu o golpe. Muito pelo contrário: a vantagem dos visitantes durou muito pouco, e a virada veio naturalmente.
A movimentação foi boa para o Coritiba antes da partida da próxima quinta-feira (10), quando a equipe vai até Pouso Alegre (MG) para enfrentar o time local, algoz do Paraná Clube na Copa do Brasil.
A tendência é que a delegação siga direto do interior mineiro para o Noroeste do estado, para encarar o Leão do Vale no próximo fim de semana.
Já o Maringá terminou na quarta colocação e vai pegar o FC Cascavel, que terminou uma posição atrás – o primeiro jogo será no Estádio Olímpico Regional, o segundo no Willie Davids.
Jogão tem frangaço, virada e brilho de Andrey no primeiro tempo
O duelo envolvendo o primeiro e o terceiro colocado na classificação do Estadual prometia ser bastante disputado, e foi exatamente o que se viu quando a bola rolou no Alto da Glória. Se o Verdão, por ser dono da casa, tomava a iniciativa, o Dogão não se encolhia e, pelo contrário, agredia sempre que tinha a bola a seu favor.
Logo aos três minutos, o Coxa quase abriu o marcador com Léo Gamalho. O atacante alviverde recebeu um passe açucarado do volante Andrey (guardem o nome dele) e, de maneira inacreditável, perdeu um gol que não costuma errar.
O lance foi uma tônica da etapa inicial: sempre que a pelota passava pelos pés de Andrey, algo produtivo acontecia.
Foi assim mais uma vez aos 13, quando o jogador fez jogada individual e bateu bem, porém a bola explodiu na zaga. O que nem Andrey, nem os demais coritibanos esperavam, era o que aconteceria três minutos depois.
Em boa descida do Maringá, o lateral Raphinha arriscou e o goleiro Alex Muralha aceitou, com a bola passando entre as suas pernas.
O frangaço do arqueiro coxa-branca não abateu os donos da casa, que seguiram em cima do Dogão. Aos 18 minutos, Alef Manga desperdiçou mais uma boa chance e, se os atacantes estavam pecando, coube a um defensor igualar o placar. Após cruzamento, Gamalho mandou na trave e, no rebote, o zagueiro Luciano Castán empatou a partida.
Castán deixou a sua marca no Couto Pereira. Foto: Guilherme Griebeler/Coritiba
O jogo seguiu lá e cá, recheado de emoção. Aos 21, o Maringá quase fez o segundo, quando o atacante Mirandinha mandou a bola no poste alviverde. Três minutos depois, Gamalho serviu Alef Manga e foi a vez dele atingir a trave da meta maringaense. Os visitantes tiveram pelo menos três chances de marcar o segundo – em uma delas Muralha deu um susto na torcida.
Mas o arqueiro foi do inferno ao céu em menos de 45 minutos. Saiu dele, aos 41, o passe preciso que caiu nos pés do atacante Igor Paixão. O avante driblou o goleiro e só rolou para Andrey balançar as redes do Dogão, marcando a virada coxa-branca e anotando o seu primeiro gol pelo clube.
O Maringá quase empatou, em outra bola na trave, em um jogo muito movimentado no primeiro tempo.
Verdão controla a partida e aumenta
A equipe visitante voltou com uma mudança – Gui Castro saiu para a entrada de Ceará –, em um indicativo de que o Dogão não se contentaria com o revés de momento.
Todavia, quem manteve alguma intensidade foi o Verdão, que quase fez o terceiro logo aos quatro minutos, quando o volante Willian Farias puxou contragolpe, acionou Paixão e este passou para Gamalho, que perdeu outra chance.
Ao contrário do primeiro tempo, o Maringá não teve tantos espaços e, mais cansada, a equipe da Cidade Canção passou a ter mais dificuldades para chegar à meta de Muralha.
O goleiro, aliás, praticamente não trabalhou na etapa complementar, bem menos movimentada. Ainda assim, o time da casa criou mais algumas oportunidades.
Em uma delas, aos 26, o zagueiro Henrique aproveitou um erro da zaga do Dogão e mandou para as redes maringaenses.
A vantagem de dois gols praticamente selou a sorte da partida, embora o Coritiba ainda tenha criado mais chances para golear. Nos dois lances mais agudos, coube a Alef Manga perder a chance de ao menos chegar ao quarto gol dentro de casa.
O que valeu foi a vitória, a classificação na vice-liderança, e a consolidação do modelo ofensivo do Alviverde. A Copa do Brasil é o próximo desafio na temporada.
Banda B