Curitiba estuda liberar máscara por completo: ‘Avaliaremos próximas duas semanas’, diz Huçulak

 


Após o anúncio da liberação do uso das máscaras contra contaminação pela covid-19 em ambientes abertos no Paraná, por meio de decreto do governo do estado, que foi acatado pela prefeitura de Curitiba, a capital pode ter o uso da proteção liberado também em ambientes fechados a partir do mês de abril.

A expectativa foi anunciada pela secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, em entrevista ao vivo por telefone concedida aos apresentadores Paulo Sérgio Debski e Denise Mello, no Jornal da Banda B 1ª edição, na Rádio Banda B, nesta sexta-feira (18).


Ela também falou sobre o uso de máscara pelas crianças nas escolas e a baixa adesão pela vacinação infantil nas unidades de saúde da capital.


“Curitiba avalia a liberação completa. A nossa perspectiva é avaliar as próximas duas semanas, para aí sim, tomar uma decisão para liberação completa da máscara na nossa cidade”,


disse ela.

Apesar da possibilidade, Huçulak lembrou que ainda há uma alta circulação do vírus da covid-19 em Curitiba e que o fato da máscara não ser obrigatória em ambientes abertos ainda assim é recomendado o uso da proteção por pessoas em tratamento de saúde, como câncer, que fizeram ou são candidatos a transplante, por exemplo.


“Invariavelmente, hoje os óbitos que a gente tem observado estão muito vinculados a pessoas que têm imunossupressão e esses pacientes que tratam doenças que comprometem o sistema imunológico. Apesar de não ser mais obrigatório, a gente recomenda que continue usando máscara mesmo em ambientes abertos”, disse a secretária.


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Huçulak orientou ainda a manutenção do uso da máscara nos terminais de transporte rodoferroviário, nas estações-tubos e no transporte coletivo.


Máscaras X Escolas

O decreto do governo do Paraná aprovado em votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na quarta-feira (16), isenta apenas as crianças abaixo de 12 anos de usarem as máscaras mesmo em ambientes fechados, como dentro da sala de aula.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não impõe a obrigação nessa faixa de idade, mas recomenda o uso. Para a secretária municipal da Saúde, a decisão de enviar a criança de máscara ou não para a escola é decisão que cabe aos pais e mães ou responsáveis.


 

“Não está proibido nenhuma criança abaixo de 12 anos usar máscara. Aliás, as crianças foram as que melhor se adaptaram ao uso de máscara. Isso nunca foi um problema. A gente não teve essa demanda dos diretores de escolas, conversei com vários deles. Se o pai e a mãe, o cuidador, entenderem que ela deve continuar usando, as escolas estão orientadas a acolher essas crianças com máscara”,


avaliou.

E recomendou:


“Especialmente as crianças com problema de saúde, que têm frequentes problemas como asma, e bronquite. São crianças mais frágeis, que têm problemas crônicos, diabetes. Recomendamos que continuem usando máscara”, disse.


Baixa adesão à vacinação infantil

Apesar do posicionamento em acordo com o decreto do governo do estado para a liberação da máscara em ambiente fechado para a faixa abaixo de 12 anos, a secretária Márcia Huçulak criticou a baixa adesão à vacinação infantil. E destacou uma contradição:

“Até nos chama a atenção, porque a população adulta a gente não teve muita dificuldade, poucas pessoas não aderiram à vacina. Mas os pais que se vacinaram agora não levam seus filhos para vacinar”,


comentou.

Segundo Huçulak, Curitiba estagnou em 65% de cobertura de primeira dose das crianças de 5 a 11, que eram as elegíveis para o cronograma infantil da vacinação contra covid-19. “Somente 15% das dessas crianças fizeram a segunda dose.”


Na avaliação da secretária municipal da Saúde, se há uma preocupação em relação à liberação da máscara em crianças, é esta.


“Chama atenção que, para nós, ao mesmo tempo que as pessoas advogam a liberação da máscara, as mesmas não advogam a favor da vacina, que é o que nos permitiu chegar aqui. Se estamos vivendo esse momento em Curitiba, no Paraná, no Brasil, é por conta da vacina. Não há outro fator que interferiu tanto na redução das internações, dos óbitos e na diminuição do contágio desse vírus tão letal e tão difícil para nós.”


A secretária lembrou que as vacinas estão disponível todos diariamente, das 8h às 17h nas unidades de saúde, e afirmou que fila não é um problema. Ela garante que a espera para vacinar não passa de dez minutos.


Banda B

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