Paraná não segura Operário, é goleado e perde a 4ª em cinco jogos no Estadual


Perto da metade da primeira fase do Campeonato Paranaense e a realidade do Paraná Clube parece ser a luta contra o rebaixamento.

 A equipe atingiu a marca de apenas 20% de aproveitamento depois de mais uma derrota no Estadual, agora para o Operário por 3 a 0, na noite deste sábado (5), na Vila Capanema. Foi o quarto revés em cinco partidas no torneio e a 10ª colocação na tabela, com somente três pontos em 15 disputados até aqui. 

Pelos critérios de desempate, o Rio Branco – que recebe o Maringá FC neste domingo (6), em Paranaguá – foi beneficiado e o Tricolor entrou nesta quinta rodada do Paranaense na zona do rebaixamento. 

 Nas arquibancadas, o torcedor apoiou o quanto foi possível, mas antes mesmo do primeiro tempo as ofensas dirigidas ao time e, sobretudo, ao técnico Jorge Ferreira foram intensas. Sem ter nada a ver com a crise paranista, o Fantasma assumiu a liderança provisória do Estadual com o triunfo fora de casa, chegando aos 12 pontos, com dois gols de ex-paranistas. 

 Na próxima rodada, o Paraná viaja até o Oeste do estado para encarar o FC Cascavel na próxima quarta-feira (9), às 21h30, no Estádio Olímpico Regional. Já o Operário recebe em Ponta Grossa o São-Joseense na quinta-feira (10), às 19h. Melhor ataque do Estadual mostra a que veio Ciente da força do ataque do Operário, o técnico Jorge Ferreira optou pela primeira vez no Estadual com uma defesa com três zagueiros. 

A medida tinha o intuito de segurar um ataque composto por dois ex-paranistas – Paulo Sérgio e Rodrigo Pimpão –, mas desde os primeiros minutos o torcedor não sentia segurança. Logo aos seis minutos, o goleiro tricolor Gabriel Leite teve de trabalhar, em pontada de Paulo Sérgio. 

A pressão dos visitantes dava a impressão que o jogo acontecia no Germano Krüger, e não na Vila Capanema. O torcedor seguia empurrando nas arquibancadas, mas quem dominava as ações dentro de campo era o Fantasma. 

 Não faltou vontade aos jogadores do Tricolor. Aos 10, o prata da casa Mikael ganhou da zaga alvinegra e obrigou o goleiro Simão a impedir a abertura do placar. 

Quanto os donos da casa equilibravam as ações em busca do gol, veio o balde de água fria. Thomaz entrou na área e acabou derrubado por Paranhos aos 21 minutos. Coube a Paulo Sérgio ir para a cobrança e, fazendo valer a “lei do ex”, empurrar para as redes tricolores. Pressionado, o Paraná procurou pressionar a saída de bola do Operário, porém ao longo da etapa inicial a equipe cansou e, liderando o marcador, o Fantasma passou a trocar passes com mais espaços e facilidade. Paulo Sérgio cobrou a penalidade máxima que abriu o placar na Vila. Foto: André Oito/OFEC Na base da tranquilidade, o Fantasma construiu o segundo gol na bola parada. 

Após cobrança de escanteio, Reniê subiu mais do que a zaga paranista e mandou para o gol do Tricolor. Os donos da casa ainda tiveram a chance de diminuir, em cabeçada de Castanha, contudo o atacante paranista não acertou o alvo. 

 Sem inspiração, calvário tricolor se consolida com goleada Com uma alteração – saída de Paranhos, lateral-direito, para a entrada de Luiz Felipe, atacante –, o Paraná ensaiava tentar uma reação nos 45 minutos finais.

 Entretanto, logo pelos primeiros 10 minutos deu para entender que seria uma missão complicada. Mesmo ficando com a bola, o Tricolor não conseguia criar chances de gol. Da sua parte, a liderança no marcador deu tranquilidade ao Operário.

 Mais experiente e com mais conjunto, o time visitante se segurou bem na defesa e procurava sempre os contra-ataques em velocidade. Em várias situações nos 15 minutos iniciais do segundo tempo, porém, a ansiedade fez com que o Fantasma ficasse distante do terceiro gol por seguidos impedimentos. Jorge Ferreira tentou mudar o panorama substituindo Castanha, outro atacante, pelo lateral-esquerdo Kazu, empurrando assim Juninho para o ataque, o seu ponto mais forte. 

Ele ainda trocou Mikael por Thallyson Lalau, mas as alterações pouco afetaram a partida. Embora mais com a bola, os donos da casa não conseguiam romper a marcação e criar chances claras de gol. 

 A situação poderia ainda ter piorado até ali, já que em pelo menos um lance Gabriel Leite defendeu um cruzamento perigoso de Fabiano, e Thomaz fez um arremate cruzado que quase encontrou o fundo da meta paranista, mas acabou indo para fora. Aos 29 minutos, a goleada se consolidou.

 Em novo escanteio, Tales (outro ex-Paraná) ganhou de cabeça e o goleiro tricolor aceitou. Nos 15 minutos finais, parte dos 2.669 torcedores que foram à Vila seguiam apoiando, enquanto outra parte, no setor das sociais, protestava a plenos pulmões contra a diretoria, jogadores e comissão técnica.

 No campo, o Operário dominou a reta final e passou perto do quarto gol, enquanto o arqueiro Simão não fez sequer uma defesa. Sobrou tempo para o presidente paranista Rubens Ferreira bater boca e fazer sinais aos torcedores nas sociais da Vila, que ainda teve a invasão de campo de pelo menos um torcedor (o que deve render punição ao clube). Mais um vexame paranista e o medo da queda para a Divisão de Acesso é uma realidade. Banda B
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