Não houve o que festejar neste domingo (27) de Carnaval na Arena da Baixada. Reforçados com atletas que integram o elenco principal, o time de Aspirantes do Athletico foi derrotado por 2 a 1 perante o Operário, que bateu mais uma equipe da capital nesta penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Paranaense. Caiu assim o último invicto do torneio.
Somente o primeiro terço de bola rolando na casa athleticana foi de fato equilibrada, com dois times claramente em busca da vitória. A partir do primeiro zero que deixou o marcador, em favor do Fantasma, o Furacão se viu assombrado pelos piores momentos da era James de Freitas na equipe: uma equipe que não conseguia balançar as redes adversárias.
O placar de 2 a 0 na etapa inicial ficou até de bom tamanho pelas múltiplas oportunidades de marcar que os visitantes construíram no Joaquim Américo. Com muitas dificuldades no setor ofensivo, o Rubro-Negro voltou para a etapa complementar com determinação para buscar o empate, contudo os donos da casa seguiram desencontrados do meio para frente. O tento de desconto só veio nos acréscimos, quando não havia mais tempo para mais nada.
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Com o resultado, o Operário assumiu a vice-liderança na classificação, com 18 pontos – um a menos do que o líder Maringá FC. O Fantasma agora foca as suas atenções na estreia pela Copa do Brasil, nesta quarta-feira (2), às 19h, contra o Real Noroeste, no Estádio José Olímpio da Rocha, em Águia Branca (ES). No Paranaense, a equipe fecha a fase inicial no domingo (6), às 16h, contra o Azuriz, no Estádio Germano Krüger.
Já o Athletico caiu para a sexta colocação, estacionado nos 17 pontos. Para tentar fechar a primeira fase entre os quatro melhores do Estadual, a equipe terá de buscar pontos na última rodada no próximo domingo, às 16h, diante do FC Cascavel, no Estádio Olímpico Regional. Já a equipe principal vai tentar levantar a primeira taça do ano no Allianz Parque, palco do segundo jogo da decisão da Recopa Sul-Americana contra o Palmeiras.
Fantasma assusta e assombra a defesa rubro-negra
Por 17 minutos, Athletico e Operário fizeram um bom jogo, recheado de intensidade e equilíbrio na Arena da Baixada. Ambas as equipes buscaram o gol desde os primeiros minutos, e o Furacão assustou em duas chegadas com arremates do atacante Bissoli, um dos que treinava com o elenco principal e “reforçou” a equipe de Aspirantes.
Já o Fantasma do técnico Ricardo Catalá tinha uma estratégia clara: se segurar bem na defesa e lançar mão da velocidade para explorar os erros dos donos da casa e chegar ao setor ofensivo. Os visitantes fizeram isso muito bem nos primeiros movimentos, e se mostraram letais quando a defesa rubro-negra, em tarde nada inspirada, permitiu
Experiente Paulo Sérgio foi importante no primeiro tempo letal do Fantasma. Foto: André Oito/OFEC
Aos 17 minutos, o Alvinegro da Vila Oficinas contragolpeou com inteligência, e após passe entre meio-campistas, Pavani acionou Marcelo, que abriu o marcador. O Rubro-Negro tentou responder na sequência, mas o volume enorme de passes errados e a boa marcação do Operário ia minando cada tentativa de construção do empate.
Para piorar, saídas erradas da defesa entre a intermediária e o meio-campo do Athletico passaram a municiar com muito perigo o ataque do time de Ponta Grossa. Aos 23 e aos 27 minutos, os visitantes poderiam ter aumentado. De tanto falhar atrás, o Furacão acabou punido aos 33, quando Marcelo, outra vez acionado após roubada de bola, fez o segundo.
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Parte da torcida athleticana passou a cobrar o time das arquibancadas, e foi por muito pouco que o Fantasma não fez o terceiro em pelo menos mais dois lances, um que terminou sem o gol por excesso de preciosismo alvinegro, e outro que terminou em um chute perigoso para fora. Ao final da etapa inicial, as vaias só não eram maiores do que a impressão que a equipe da casa poderia ter sido goleada nos 45 minutos iniciais.
Simão garante o triunfo alvinegro lá atrás
Com a entrada de Daniel Cruz no lugar de Davi Araújo, o técnico Wesley Carvalho buscava mais poderio ofensivo no segundo tempo, na tentativa de tentar empatar a partida em casa. Mas quando o Furacão parecia se aproximar de alguma forma ao seu primeiro gol, foi a vez do goleiro Simão aparecer e manter a frustração dos rubro-negros.
Logo aos quatro minutos, Bissoli teve uma mostra disso ao bater e parar no arqueiro do Fantasma. Aos nove e aos 12 Simão apareceu mais duas vezes, primeiro em chute de Jader, e depois novamente por conta de um arremate de Bissoli. Já o Operário passou a se poupar e Catalá iniciou uma série de substituições, já poupando nomes como Marcelo e Leandro Vilela.
O rendimento dos visitantes caiu consideravelmente e o Alvinegro protagonizou alguns momentos de “cai-cai” em faltas normais de jogo, para desespero e irritação da torcida athleticana. Apostando no nervosismo da equipe da casa, o Operário passou a tocar mais a bola na reta final de partida, esperando apenas o tempo passar.
Não que os visitantes não tenham tido chances de golear – aos 35 minutos, Thomaz bateu forte e fez o goleiro Anderson evitar o terceiro. No Furacão, a torcida se frustrou com as atuações de Jader e Carlos Eduardo, principalmente, que pouco pegaram na bola e não apareceram na hora de criar chances de gol.
O único momento de alegria para os athleticanos veio aos 52 minutos, quando Juninho deixou o seu. Porém, não havia mais tempo para nada, o que revoltou os donos da casa – o árbitro Elvio Kertelt Legnani distribuiu cartões amarelos depois do apito final. Para o Operário, ficou os 100% contra o Trio de Ferro (vitória sobre o Coritiba e goleada diante do Paraná Clube). Banda B