Meio-campista do Shakthar Donetsk desde 2019, o meio-campista Marco Antônio integra o grupo de jogadores brasileiros e seus familiares que se encontra em um hotel de Kiev, capital da Ucrânia, aguardando ajuda diplomática do Brasil para deixar o país europeu, que está sob ataque da Rússia nesta quinta-feira (24).
Em entrevista exclusiva à Rádio Banda B, o jogador, revelado nas categorias de base do Athletico, afirmou que o clima é de tensão no Hotel Opera, localizado no coração da capital ucraniano. Há poucas informações oficiais e o atleta, junto aos demais brasileiros, aguarda para voltar ao Brasil.
“A gente se juntou depois da madrugada (horário local) em que ouvimos os barulhos. Estamos aqui desde a manhã. Tem gente na rua, eles não acreditam em nada, mas esperamos que a gente possa ir embora.
Que alguém possa nos ajudar a nos tirar daqui. É um momento tenso”, declarou Marco Antônio. Segundo o jogador, há aproximadamente 30 brasileiros no grupo dos atletas. O meio-campista, que atua como volante, declarou que os pedidos para dirigentes dos clubes – Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev – foram feitos, mas que os brasileiros não foram liberados porque “não aconteceria nada”.
“Complicado, era para termos ido embora há muitos dias, mas eles diziam que nada iria acontecer, que estava tudo bem. Mas sabíamos que não estava, porém temos que cumprir contrato”, acrescentou, dizendo ainda que todos estão com seus passaportes, aguardando um posicionamento do governo brasileiro para voltar ao país.
“Nos ajudem”
“Nos ajudem. Que (esse apelo) chegue a alguém. Estamos mantendo a calma porque ficar desesperado é pior. A gente acredita que tudo vai se resolver da melhor maneira (…). Orem por nós para que possamos voltar para casa”, completou o jogador.
Com o espaço aéreo ucraniano fechado para voos comerciais, o grupo brasileiro ainda depende de alguma informação da Embaixada do Brasil em Kiev para saber como poderão deixar a Ucrânia, país este com cerca de 500 brasileiros em seu território até o momento. Banda B