Escola alvo de investigação na Quadro Negro é entregue com seis anos de atraso


O Colégio Estadual do Campo Professor Danilo Zanona Ribeiro, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, foi inaugurado nesta quarta-feira (16), com seis anos de atraso. 

A escola foi alvo de investigação na Operação Quadro Negro, que apurou desvios de mais de R$ 20 milhões na construção e reforma de instituições de ensino no Paraná, a partir de contratos firmados com a Secretaria de Estado da Educação, durante a gestão de Beto Richa (PSDB). Na quinta (17), será inaugurado o Colégio Estadual William Madi, em Cornélio Procópio, na Região Norte. 

Com isso, até o momento, das 14 unidades que tiveram as obras paralisadas em 2015, apenas uma ainda não foi entregue à população – o CEEP Campo Largo, também na RMC, que deve ser finalizado no segundo semestre deste ano, segundo o Governo. Somente na unidade de Campina Grande do Sul o investimento foi de R$ 5 milhões, conforme o Poder Executivo. 

A obra é um convênio entre a Fundepar e a Prefeitura de Campina Grande do Sul, que capitalizou o investimento para a construção do novo prédio. “Quando assumi o governo, em 2019, essas 14 obras estavam paradas, só no esqueleto. Determinei a retomada imediata e hoje, com essa inauguração, estamos mais perto do fim. 

São escolas da transparência, que pegamos no esqueleto e agora entregamos para a sociedade de forma exemplar, escolas completas e modernas para os alunos paranaenses”, afirmou Ratinho Junior. 

 OPERAÇÃO QUADRO NEGRO 

A obra em Campina Grande do Sul foi paralisada em decorrência da operação Quadro Negro, que apontou desvio de recursos na construção de colégios estaduais entre 2012 e 2015. Na cidade da Região Metropolitana, eram duas escolas envolvidas nos escândalos de corrupção. 

 Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP), a Construtora Valor recebeu aproximadamente R$ 20 milhões, mas não entregou as obras.

 Em 2019, o então governador Beto Richa (PSDB) chegou a ser preso no âmbito da Quadro Negro, mas foi solto dias depois. O tucano nega participação no caso e argumenta que foi seu governo que investigou e descobriu o esquema fraudulento nas obras das escolas estaduais, afastando os envolvidos e denunciando o caso ao Ministério Público. Banda B
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