Campo Largo altera regras do transporte escolar e famílias reclamam de lotação


O ano letivo de 2022 começou com transtornos para famílias que dependem do transporte escolar fornecido pela Prefeitura de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Pais entrevistados pela Banda B relatam que os ônibus estão lotados e que houve redução de linhas. 

Os problemas começaram após mudanças implantadas no sistema. Um vídeo feito por uma mãe mostra estudantes entrando em um ônibus já cheio. 

É possível perceber que não há espaço para todas as crianças Outra reclamação é com relação aos critérios estabelecidos pela Prefeitura para fornecer o transporte. 

Agora, apenas os alunos matriculados em escolas a mais de dois quilômetros da residência é que têm direito ao transporte. 

 O padeiro Nilson João de Moraes tem um filho de 14 anos matriculado em uma escola do centro da cidade e contava com o transporte escolar, pois mora em um bairro a mais de dois quilômetros da região central.

 “A prefeitura quer que meu filho fique no bairro, mas o colégio não tem vaga e eu não tenho condições para pagar a van que custa 250 reais por mês.

 Ele até poderia ir de ônibus de linha até ao centro, mas vai descer quase um quilômetro longe do colégio, o que eu acho perigoso”, afirmou. Nilson também relatou a lotação nos ônibus que transportam os alunos. 

O problema teria começado, segundo ele, assim que o ano letivo foi retomado. “Nas linhas escolares que ficaram, os ônibus andam com um sentado no colo do outro, muito cheio”, citou.

 A Débora Matos tem três filhos em idade escolar. De acordo com a moradora, as mudanças não foram comunicadas com antecedência. “Fomos avisados em cima da hora que a prefeitura tinha feito um mapeamento para melhorar. 

Ao entrar neste mapeamento a maioria ficou indignada, porque foram cortadas mais da metade das linhas do transporte escolar”, desabafou. 

 Por enquanto, ela tem levado os filhos para a escola, mas uma filha estuda no centro, o que significa um traslado maior. Débora acredita que terá que mudar a filha de escola, trazendo para o bairro.

 Se a mudança for concretizada, ela acredita que a filha estará em um colégio com menos recursos. “Semana que vem se nada for resolvido eu vou ser obrigada a tirar minha filha do centro e trazer para o bairro, mas não tem a mesma infraestrutura, é diferente. 

Minha filha está no Ensino Médio, imagina tirar e colocar onde não conhece ninguém, isso depois de dois anos afastada por causa da pandemia”, disse. Banda B
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