Angelo Rigon informa que o deputado federal Ricardo Barros recorreu da decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, que manteve as quebras dos sigilos telefônico, telemático, bancário e fiscal do líder do governo na Câmara dos Deputados, decretadas pela CPI da Pandemia. Barros, que chegou a ir ao STF para depor na CPI, anteriormente havia disponibilizado seu sigilo.
Lembra Ana Viriato, d’ O Antagonista, que Barros é investigado pela comissão em diversas esferas, sendo a principal a que mira o escândalo Covaxin. O deputado federal Luis Miranda, do DEM do DF, afirma que, quando denunciou a Jair Bolsonaro indícios de corrupção na compra da vacina indiana, o presidente da República declarou que o esquema era “coisa” do líder do governo na Câmara. Na segunda-feira, ao declarar legais as transferências de sigilos, Cármen Lúcia avaliou que interesses particulares não devem se sobrepor a “razões de relevante interesse público” e acrescentou que não se pode retirar dos órgãos estatais “os instrumentos viabilizadores de apuração e de depuração do que contrarie a legislação vigente”.