Conferência encerra com aprovação de metas para a cultura e fortalecimento de novas linguagens



CURITIBA - Após dois dias e meio de reunião e debates, a 6ª Conferência Municipal de Cultura encerrou os seus trabalhos no final da tarde deste domingo (27/6). Foram debatidas todas as metas apresentadas pelos representantes da sociedade civil e da comunidade artística, relacionadas às regionais e às linguagens artísticas. Também foram aprovadas moções e o relatório final, contendo as decisões da plenária.


Entre os destaques desta edição está a abertura do Conselho Municipal de Cultura para integrantes representativos de novas linguagens. “Essa conferência foi um exemplo da prática democrática que norteia nossas ações. Destaco especialmente a decisão pela inclusão de linguagens como a dança, o circo, a capoeira, o design e os técnicos de espetáculos, bem como a inclusão em caráter provisório das linguagens de teatro de formas animadas e da cultura afro-brasileira, até que apresentem seus planos setoriais”, disse a presidente da Fundação Cultural de Curitiba e do Conselho Municipal de Cultura, Ana Cristina de Castro.


A presidente lembrou que a conferência é um instrumento institucional da cultura, assim como o Plano Municipal de Cultura, que por sua vez fazem parte dos objetivos de desenvolvimento social do Plano Diretor de Curitiba. “Estamos num momento de atualização do plano diretor, previsto no Estatuto das Cidades. Esse trabalho desenvolvido por vocês irá contribuir para que a área da cultura ganhe um espaço de protagonismo no planejamento da cidade para os próximos anos”, destacou.


Avanço

De acordo com o presidente da Comissão Organizadora, Elton Barz, as discussões se dividiram em três grandes blocos: questões de financiamento da cultura e a descentralização das verbas de fomento; questões de gestão e fortalecimento da Fundação Cultural de Curitiba; e questões ligadas à cultura digital, como consequência das transformações impostas pela pandemia.


A condução dos trabalhos ficou delegada ao vice-presidente do Conselho, Adriano Esturilho. “Agradeço a oportunidade de um representante da sociedade civil conduzir as discussões e registro que foi um grande avanço termos eleito nossos conselheiros por votação direta, durante o processo de conferência. Já temos o compromisso da presidente Ana Castro de realizar a próxima conferência no primeiro semestre de 2023 e isso é também uma grande conquista”, pontuou Esturilho.


Processo democrático

Muitos dos delegados participantes, eleitos nas pré-conferências das regionais e das linguagens também se manifestaram, destacando o sucesso dos debates. “Fiquei muito orgulhoso pelas posições afirmativas”, disse Marcelo Marques Lopes, representante das Linguagens Funcionais, um dos novos segmentos representados na conferência.


“Foi um processo muito bom, democrático, difícil e novo para muitos, mas que serviu de aprendizado para os novos representantes da cultura. Parabéns à toda a equipe da FCC”, acrescentou Cláudio Antônio de Oliveira, representante da Regional Bairro Novo.


A 6ª Conferência Municipal de Cultura teve ampla participação da sociedade, superando as dificuldades impostas pela pandemia. Perto de 2 mil pessoas estiveram envolvidas. Todas as audiências setoriais livres, as pré-conferências e a plenária final foram realizadas em ambiente virtual, assim como as votações para delegados e membros do Conselho Municipal da Cultura.

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