Prevenção da hepatite pode ajudar combate ao câncer de fígado


 A hepatite é uma inflamação que afeta o fígado e pode ser causada por vírus, bactérias ou até mesmo pelo uso excessivo de álcool, drogas e medicamentos. Existem cinco tipos — A, B, C, D e E — sendo a hepatite A a mais comum e mais fácil de tratar.


Mas, quando se trata das hepatites B e C, surge um alerta maior. Essas cepas podem se tornar crônicas e abrir caminho para um dos cânceres mais perigosos e silenciosos que existem — o de fígado.


O hepatocarcinoma, mais conhecido como câncer de fígado, tem como principais causas as hepatites B e C, que são transmitidas de formas muito parecidas.


O contágio pode acontecer por relações sexuais desprotegidas, de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação, além do compartilhamento de seringas e agulhas não esterilizadas. No caso da hepatite B, a vacinação é a principal forma de prevenção.


Embora faça parte do calendário infantil, adultos também podem se vacinar em unidades de saúde ou clínicas. Já para a hepatite C, a prevenção depende mais de cuidados com hábitos de vida, como destaca o cirurgião oncológico Marciano Anghinoni, do Centro de Oncologia do Paraná (COP).


A campanha Maio Vermelho surge para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do controle da infecção. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 304 milhões de pessoas convivem com algum tipo de hepatite viral crônica em todo o mundo.


Dentre essas pessoas, 290 milhões não sabem que estão infectadas. O cirurgião também reforça que, quem já teve hepatite aguda, ainda corre o risco de desenvolver a forma crônica e, por isso, não deve deixar de procurar atendimento médico.


Os sintomas sentidos no estágio agudo são claros, como febre, náuseas, dor nas articulações, urina escura, fezes claras, entre outras.


Já a doença na forma crônica pode ser assintomática por anos, com sintomas iniciais vagos como fadiga, podendo apresentar, em estágios mais avançados, o amarelamento da pele, inchaço abdominal e sinais de cirrose.


No entanto, existe um tipo específico de câncer de fígado que costuma não apresentar sintomas na fase inicial: o carcinoma hepatocelular (CHC), um dos mais comuns e agressivos. Em muitos casos, ele só é diagnosticado em estágios avançados, o que dificulta o tratamento.


A cirrose causada pelos vírus da hepatite B e C responde por cerca de metade dos casos de carcinoma hepatocelular (CHC). Outros fatores de risco incluem o acúmulo de gordura no fígado (a chamada esteatose hepática), obesidade, diabetes e a ingestão de alimentos contaminados por substâncias tóxicas. Band News

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