Um grupo investigado por furtar, adulterar e revender ilegalmente cargas de soja e fertilizantes é alvo de uma operação na manhã de dsesta quarta-feira (28).
São 135 mandados em execução nas cidades de Curitiba, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul, Congonhinhas e Nova Fátima, no Paraná, e também de Goiânia, em Goiás. São mais de 100 desvios de cargas de soja e fertilizantes ligados à organização criminosa.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos desviavam cargas de soja e, em armazéns clandestinos, misturavam areia ao farelo. Os produtos eram reembalados e vendidos como legítimos. Em alguns casos, a soja adulterada chegou a ser enviada para exportação. No caso dos fertilizantes desviados, eles eram adulterados com materiais como calcário e silicato.
Para tentar disfarçar a origem dos materiais, notas fiscais falsas eram emitidas por empresas sem vínculo legítimo com os envolvidos, muitas com registros encerrados ou que atuavam exclusivamente como “noteiras”. Os documentos simulavam transações comerciais para dar aparência de legalidade ao transporte e à revenda dos produtos adulterados. Ainda segundo a polícia, o grupo contava com motoristas aliciados para a prática dos crimes.
O esquema tinha condutores fixos contratados por empresas fictícias para desviar cargas e também cooptava outros profissionais pontualmente para desvios das rotas originais até os armazéns clandestinos. As investigações começaram em 2022 após o furto de uma carga de fertilizantes avaliada em R$ 95 mil. O prejuízo causado pelo grupo supera os R$ 15 milhões.
Eles devem responder pelos crimes de furto qualificado, receptação qualificada, falsidade ideológica, adulteração de produtos agrícolas, indução de consumidor a erro, duplicata simulada, lavagem de capitais e organização criminosa. Band News