O Coritiba perdeu por 2 a 1 para a Chapecoense, nesse domingo (dia 17) à tarde, na Arena Condá, pela 37ª (e penúltima) rodada da Série B. Antes do jogo, o time paranaense já não tinha mais chances de acesso e nem risco de rebaixamento. Ou seja, apenas “cumpria tabela”. Com o resultado, o Coxa ficou em 10º lugar, com 50 pontos. A equipe catarinense chegou a 44 pontos, ficou na 14ª posição e escapou do rebaixamento.
Recorde negativo
O time de 2024 tenta evitar a pior classificação e a pior pontuação do Coritiba na Era dos Pontos Corridos da competição. Desde 2006, quando disputou pela primeira vez, o Coxa teve sua pior participação em 2018, com o 10º lugar e 52 pontos. Em 2024, tem 50 pontos e pode fugir desse recober negativo se vencer o Botafogo-SP.
Tabu
O placar manteve um tabu. O Coritiba nunca venceu como visitante a Chapecoense. Nos 5 duelos em Santa Catarina, foram 4 vitórias da Chape e 1 empate.
Escalação do Coritiba
Com a saída de Jorginho na última segunda-feira, o auxiliar Guilherme Bossle assumiu interinamente. Ele comanda o time nas duas últimas partidas de 2024. Ex-treinador do sub-20, ele levou para Chapecó o mesmo grupo de jogadores que vinha sendo utilizado por Jorginho. No entanto, mudou radicalmente a escalação inicial, dando chance a seis jogadores pouco utilizados no ano: o goleiro Benassi (20 anos, emprestado pela Ferroviária), o lateral-direito Jhonny (22 anos, emprestado pelo Fluminense), o zagueiro Thalisson (22 anos, prata-da-casa), o lateral-esquerdo Rodrigo Gelado (21 anos), o meia Matheus Bianqui (26 anos) e o ponta Wesley Pomba (22 anos).
Desfalques
As baixas no Coritiba eram os volantes Morelli (lombalgia) e Sebá Gómez (convocado para a seleção da Colômbia) e o centroavante Eberth (artroscopia no joelho).
Esquema tático
Jorginho vinha usando o esquema tático 4-2-3-1, mas Bossle resolveu mudar. Ele adotou o 4-1-4-1 para defender, com Zé Gabriel como único volante. A linha de quatro tinha Vini Paulista e Bianqui centralizados, além de Ronier (esquerda) e Pomba (direita). Josué ficava à frente dessa linha. Com a bola, as funções eram: Bianqui de centroavante, Josué de armador, Pomba na ponta-direita e Ronier na ponta-esquerda. Durante o jogo, os pontas inverteram, trocando de lado.
Escalação da Chapecoense
As baixas no time catarinense eram o zagueiro João Paulo (27 anos, ex-Fortaleza) e o centroavante Mário Sérgio (artilheiro do time na Série B, com 7 gols em 30 jogos), ambos suspensos. O esquema tático era o 4-2-3-1, com Marcinho (centro), Ítalo (esquerda) e Carvalheira (direita) na linha de três.
Primeiro tempo
O primeiro tempo teve o Coritiba controlando a posse de bola e atacando com certa facilidade pelas pontas. A Chape apresentou muitas dificuldades no trato com a bola, mas soube se defender na maior parte do tempo. Foram poucas jogadas ofensivas de perigo dos dois lados, até os 38 minutos, quando Marcelinho cortou um cruzamento com o braço. Pênalti. Josué cobrou e fez 1 a 0. Foi o primeiro gol do português no 13º jogo dele pelo Coxa.
Segundo tempo
No segundo tempo, a Chape avançou e começou a levar perigo. Aos 10, a primeira substituição de Bossle, com a saída de Bianqui para a entrada do lateral-direito Natanael. Com isso, Jhonny passou a jogar mais avançado, quase como ponta-direita. Aos 13, o gol de empate, em cruzamento de Marcelinho e cabeceio de Perotti. Aos 17, saíram Jhonny e Pomba para as entradas do ponta Eryc Castillo e do centroavante Brumado.
Virada da Chape
O 2º gol da Chapecoense veio aos 19 minutos, em chute de longe de Tarik (ex-Athletico-PR). A bola desviou em Thalisson e enganou Benassi: 2 a 1. O time catarinense recuou e o Coxa avançou, mas teve dificuldades para finalizar. Aos 31, mais duas trocas, com as entradas do volante Bernardo e do centroavante Brandão. A Chape conseguiu amarrar o jogo e segurar o placar até o fim.
Estatísticas
Nos 90 minutos, o Coritiba teve 59% de posse de bola, 11 finalizações (7 certas) e 11 faltas cometidas. A Chape terminou com 14 arremates (6 certos) e 13 faltas cometidas. Os dados são do Sofascore. Bem Paraná