O júri popular de Everton Vargas, réu pela morte da adolescente Isabelly Cristine dos Santos, deve ser concluído somente nesta sexta-feira (6). O terceiro dia de julgamento é marcado por desentendimentos entre a defesa do réu e a promotoria, o que atrasou o andamento dos trabalhos. No período da manhã a sessão chegou a ser suspensa por 45 minutos.
Com isso, a única testemunha ouvida ao longo do dia foi um perito particular contratado pela defesa, Leocadio Casanova. O advogado do réu, Claudio Dalledone, destaca que o intuito de convocar essa testemunha é esclarecer a dinâmica do crime. O relatório feito pelo perito aponta que Everton não teria atirado contra o carro em que a vítima estava, mas para o alto.
O crime julgado foi em fevereiro de 2018. Isabelly foi baleada durante uma briga de trânsito na PR-412, em Pontal do Paraná, no litoral. Everton Vargas confessou que fez o disparo contra o carro em que a adolescente estava. Ela foi socorrida, mas morreu horas depois, no hospital.
Everton é réu por homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de arma de fogo municiada. Para a assistente de acusação, Thaise Mattar Assad, o relatório apresentado pelo perito não traz embasamentos técnicos. Ela destaca que a única perícia que deve ser analisada no caso é a feita pela Polícia Científica do Paraná.
Das dez testemunhas convocadas, oito já foram ouvidas. A expectativa é que hoje sejam concluídos os depoimentos. Amanhã deve ocorrer o interrogatório do réu, os debates entre defesa e acusação e por fim a decisão dos jurados. Band News