Governo do Paraná quer desestatizar a Ferroeste

 


O governo do Paraná quer privatizar a Ferroeste. A empresa, criada em 1988, tem o governo estadual como maior acionista – detentor de 99,6% das ações. O restante pertence a 46 empresas nacionais, três estrangeiras e seis pessoas físicas. A Ferroeste administra um trecho de 248 quilômetros de estradas de ferro entre Guarapuava e Cascavel.


Nesta segunda-feira (05), o Poder Executivo mandou, à Assembleia Legislativa, um pedido – em formato de projeto de lei, para iniciar o processo de desestatização. O argumento apresentado para isso é o de redução de custos e expansão da produção agropecuária do estado, além da “redução da interferência política” e incremento de arrecadação. O deputado Gugu Bueno (PSD), líder temporário do governo na Assembleia, defende a proposta, mas garante que será um processo “amplamente debatido”.


Para a oposição, o pedido do governo estadual não é bem visto, como afirma Requião Filho (PT).


Com a aprovação da lei, o Estado vai contratar um estudo para apontar a melhor modelagem do processo, que deve ser concretizado em um leilão na B3, em São Paulo. A intenção é que o negócio contemple um pacote de novos investimentos na ferrovia e no terminal da empresa em Cascavel, na região oeste. 


Essa análise também vai apontar o valor da empresa (valuation) e embasar apresentações a investidores, além de ajudar na construção do edital. Todo esse processo pode levar até 18 meses. Pelos trens da Ferroeste o escoamento anual é de cerca de 1,5 milhão de toneladas, principalmente grãos (soja, milho e trigo), farelos e contêineres, com destino ao Porto de Paranaguá, no litoral. Na importação, a ferrovia transporta principalmente insumos agrícolas, adubo, fertilizante, cimento e combustíveis. Band News

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