Júri de Erik Busetti deve se estender até quinta-feira


 Quatro testemunhas da defesa foram ouvidas, ao longo desta terça-feira (02), segundo dia do júri popular de Erik Busetti. A sessão começou perto das dez da manhã e se estendeu até depois das sete da noite (terça-feira). Ao todo, a defesa indicou dez pessoas. Nesta terça-feira (02), foram ouvidas duas vizinhas da família, além de dois policiais. Um dos agentes atendeu a ocorrência, no dia do crime, em março de 2020, e o outro trabalhou com o delegado.


A advogada de defesa, Aline Vasconcelos, destaca que os relatos estão sendo determinantes para comprovar que o réu não praticava violência doméstica. Uma das estratégias é tentar afastar a qualificadora do feminicídio.


Já para a assistente de acusação, Louise Mattar Assad, o processo deixa claro que houve feminicídio. Ela destaca que as testemunhas ouvidas nesta terça-feira (2) não tinham conhecimento do que acontecia dentro da casa da família. Segundo ela, a violência doméstica foi comprovada por meio de áudios e vídeos.


O delegado é réu pela morte da esposa e enteada. Maritza Guimarães, de 41 anos, e a filha, Ana Carolina de Souza, de 16, foram assassinadas a tiros dentro de casa, em março de 2020. Erik Busetti responde a dois homicídios tendo como qualificadoras feminicídio e motivo torpe, já que, conforme a acusação, ele não aceitava o fim do relacionamento. 


Câmeras de segurança registraram o crime que ocorreu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia em um dos quartos. O delegado teria agredido a enteada com chutes e tapas e a assassinado no momento em que ela abraçou a mãe.


A esposa teria sido atingida por pelo menos sete tiros, enquanto a adolescente, seis. Familiares das vítimas acompanham de perto os trabalhos no tribunal com cartazes e bexigas pretas em protesto pedindo por Justiça. O pai de Maritza, Luiz Holz, conta que é difícil ter que reviver os últimos momentos da filha e neta, porém, afirma ser necessário.


Ontem (segunda, 1), primeiro dia de julgamento, os trabalhos se estenderam por mais de 10 horas. Três testemunhas convocadas pela acusação foram ouvidas (dois vizinhos e uma escrivã). O julgamento estava previsto para ocorrer em abril, mas foi adiado a pedido da defesa. 


Os advogados pediram mais tempo para analisar todas as imagens geradas por câmeras de segurança da casa. Agora em andamento, a expectativa é que os trabalhos terminem somente na quinta-feira (4) com o interrogatório do réu, debates entre defesa e acusação e por fim a decisão dos jurados.  Band News

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