A bebê que morreu por coqueluche em Londrina, no norte do Paraná, não estava com o calendário de vacinação completo. A informação é da Secretaria Municipal da Saúde. Por meio de nota, o órgão disse que a menina, de seis meses, era prematura e “apresentava atraso nas vacinas do Programa Nacional de Imunização”.
Conforme calendário preconizado pelo PNI, são administradas três doses nos primeiros seis meses de vida: aos dois, quatro e seis meses. Para Felippe Machado, secretário da Saúde de Londrina, o cenário é preocupante, já que outro óbito é investigado no Estado.
Diante da situação, a Secretaria de Estado da Saúde informou que vai ampliar a cobertura em crianças e adolescentes. Essa é a primeira morte pela doença registrada nos últimos cinco anos. O último caso foi em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, em 2019.
De janeiro a julho deste ano, foram 45 confirmações da doença, número 164% superior ao total de registros de 2023 (17). A coqueluche é uma doença infecciosa aguda respiratória altamente contagiosa. Os sintomas iniciais incluem mal-estar, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa.
A forma de prevenção mais eficaz é através da vacinação das gestantes, como explica o médico da Sociedade Brasileira de Pediatria Marco Safadi.
A vacina tríplice bacteriana protege contra a coqueluche, além da difteria e do tétano. Ela é considerada uma das mais importantes do calendário vacinal e evita infecções respiratórias graves, desenvolvimento de espasmos e rigidez muscular. No Brasil, o imunizante é administrado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) como a vacina Pentavalente. Band News