Cerca de 90% da população da Região Metropolitana de Curitiba está concentrada em 10% do território, segundo levantamento do governo estadual. O estudo aponta que 3,2 milhões das 3,5 milhões de pessoas moradoras da região estão dentro do Núcleo Urbano Central (NUC), que é uma área de pouco mais de 1,5 mil quilômetros.
Ao todo, a região metropolitana tem 16,7 mil quilômetros quadrados, contemplando as áreas verdes e mananciais. Os números são resultado de pesquisa da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep) que cruzou dados do Censo de 2022 e da Copel com o desenho estipulado pelo Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) formulado em 2006.
Na avaliação do presidente da Amep, Gilson Santos, a população concentrada em um espaço limitado é normal e considerado positivo.
Na sobreposição dos mapas de 2006 com os dados do Censo de 2022 e da Copel, as únicas cidades que tiveram um crescimento além dos limites já estabelecidos foram Fazenda Rio Grande e São José dos Pinhais, ambas ao Sul da Capital e na área mais industrializada da Grande Curitiba. Mesmo estando fora da mancha urbana definida há quase 20 anos, o avanço para estas áreas já estava previsto, segundo a Amep, pois são regiões com maior aptidão para ocupação.
De acordo com o Censo, a Região Metropolitana de Curitiba foi a que mais cresceu em números absolutos no Estado, à frente de Londrina, Cascavel e Maringá. Passou de 3,2 milhões habitantes para 3,5 milhões, um crescimento total de 335 mil pessoas, ou 10%. Fazenda Rio Grande viu a população aumentar 82% e São José dos Pinhais, 24%.
Com o adensamento em locais propícios, outras áreas importantes foram preservadas, como as regiões de manancial de Piraquara que abastecem outros municípios, áreas de Araucária e Campo Largo que têm aquíferos subterrâneos ou zonas cársticas de Almirante Tamandaré impróprias para ocupação. Band News