15 mil pessoas morreram no Brasil em acidentes do trabalho de 2016 a 2022


 Este domingo, 28 de abril, é lembrado como o Dia Mundial da Saúde e Segurança do Trabalho. Segundo dados do AEAT (Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho) de 2023, entre os anos de 2016 a 2022, mais de 15 mil pessoas morreram no Brasil devido a ocorrências no trabalho.


A Delegacia Regional do Trabalho aponta que, anualmente, o Paraná registra cerca de 220 mortes, 812 incapacitados e 30 mil acidentes no setor formal, colocando o Estado em 5º lugar na classificação nacional.


Conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), 96% das ocorrências poderiam ser evitadas com práticas simples, como o uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI) e/ou a criação de programas de prevenção.


Um dos grandes desafios das organizações, no entanto, é desenvolver uma Cultura de Prevenção de Acidentes, evitar que os riscos aos quais seus trabalhadores são expostos durante a jornada de trabalho comprometam a saúde, a integridade física e a segurança de cada um.


“A implementação de uma Cultura de Prevenção de Acidentes eficiente se dá por meio de um conjunto de ações, atitudes, comportamentos e sistemas de segurança compartilhado por todos da empresa, contribuindo para a redução da exposição aos perigos no ambiente de trabalho”, afirma Mariano Alberichi, engenheiro de Segurança do Sesi Paraná.


Segurança no trabalho

Segundo o Sesi, para a implantação e desenvolvimento de uma cultura de prevenção de acidentes assertiva e eficiente é fundamental a participação efetiva de três personagens fundamentais:


Equipe de Segurança do Trabalho: irá ajudar na construção e disseminação das normas internas de saúde e segurança do trabalho, identificação e mapeamentos dos riscos do ambiente, treinamentos e capacitações dos trabalhadores e gestão dos programas de Segurança e Saúde do Trabalhador;

Lideranças: devem estar extremamente envolvidas na implementação e melhoria, afinal, os líderes são responsáveis ​​por definir políticas, diretrizes e padrões de conduta, comunicar e orientar os demais trabalhadores. Devem ser o modelo a ser seguido pela sua equipe, deve ser o exemplo;

Trabalhador: o engajamento dos trabalhadores no processo de construção da cultura de segurança do trabalho é de extrema importância e fundamental para alcançar os resultados esperados, pois com o pouco envolvimento, apenas acontece o cumprimento de normas e regulamentos.

“Conforme o comprometimento da empresa, a atitude e a percepção dos trabalhadores começam a sair do plano da obrigação e vão entrando lentamente no campo da adesão”, garante Mariano.

 Parná Portal

Iniciativas positivas

O Hospital São Vicente, por exemplo, busca adotar iniciativas que conscientizam os funcionários sobre a importância da saúde e segurança no trabalho. A instituição tem um setor de segurança e medicina no trabalho que atende aos requisitos legais e coloca em prática iniciativas que vão além do arcabouço regulatório para oferecer as melhores condições de trabalho.


Segundo a diretora-executiva do Grupo Hospitalar São Vicente, Marcia Schneider, com os treinamentos adequados e com uma equipe da segurança do trabalho ativa nos setores, que realizam rondas de cuidado, os resultados são vistos diariamente.


“O Hospital São Vicente de Curitiba foi escolhido em 2023 como a melhor empresa na área de segurança e saúde no trabalho na categoria “Área Hospitalar”, pelos comendadores em SST, pela ANIMASEG – Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção do Trabalho. Isso é reflexo de como as nossas ações surtem efeito dentro de uma equipe que conta com quase 2 mil pessoas, entre funcionários próprios, terceiros, e médicos”, finaliza Marcia.

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