O uso de baterias biológicas, que geram eletricidade a partir da energia liberada da decomposição do solo orgânico, é estudada pela Prefeitura de Curitiba. A empresa Bioo é pioneira no mundo na criação desses objetos e está avaliando uma parceria com a Capital.
As baterias que geram eletricidade a partir da fotossíntese do solo são sustentáveis e biológicas, que usam fontes naturais em vez de materiais poluentes como o lítio usado em baterias comuns. Elas têm o formato de uma caixa retangular e podem ser escavadas em qualquer solo fértil.
Os objetos produzem até 200Wh por ano por metro quadrado. O uso dessa energia limpa, sustentável e renovável vai desde iluminação de espaços públicos a aplicações na Agricultura Urbana. Nos projetos da Bioo na Europa, em parques e praças, lâmpadas podem ser acesas com um toque nas plantas conectadas à bateria biológica (saiba mais aqui).
Nesta terça-feira (19), o prefeito Rafael Greca teve uma reunião com o arquiteto espanhol Eduardo Gutiérrez Munné, sócio da empresa ON-A, parceira da Bioo, que desenvolveu o projeto inovador e sustentável de energia gerada pelo solo.
“Produzimos eletricidade através das plantas. Analisamos a biodiversidade da natureza e descobrimos que quando os microrganismos se comem, a matéria orgânica da terra produz elétrons e hidrogênio”, explicou Munné.
A secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, disse, na reunião, que Curitiba tem muito interesse no assunto. “Queremos trabalhar em projetos em conjunto, isso pode ser aplicado nas nossas áreas verdes, como o Jardim Botânico, na Galeria das Quatro Estações e em nossos parques”, disse Marilza.
“Isso é o verdadeiro futuro, é uma inovação efetiva porque retorna às origens da vida, com o oxigênio e o hidrogênio. É uma grande honra receber essas ideias em Curitiba, queremos fazer parcerias com a Bioo”, finalizou o prefeito de Curitiba, Rafael Greca. Paraná Portal