Imóveis em Curitiba: aumento nas locações e no acesso à financiamentos são tendências do mercado


HABITAÇÃO - O ano de 2024 testemunha um período de estabilidade no mercado imobiliário de Curitiba. Entre os dados e análises de especialistas do setor, destaca-se o aumento nas locações comerciais e um acesso ampliado ao financiamento para a aquisição de imóveis na capital.

As discussões sobre as expectativas do mercado para o novo ano abrangem tendências de consumo, o perfil dos consumidores e análises econômicas relacionadas ao setor. Marilia Gonzaga, vice-presidente de Locação e Administração Imobiliária do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), prevê um aumento na demanda por novas locações comerciais em 2024.

Ela destaca que o mercado oferecerá espaço para imóveis mais adaptados à realidade dos locatários, que agora possuem uma rotina flexível com a opção de trabalhos remotos e híbridos. Além disso, há uma maior exigência por parte dos locatários, com foco em espaços diferenciados e de tamanho reduzido.

Considerando a média do índice de Locação Sobre Oferta (LSO) comercial, divulgado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), esta foi de 6,8% em 2023, comparada a 7,0% em 2022, um ano considerado positivo para o mercado.

Na análise de locações residenciais, Leonardo Baggio, vice-presidente do Inpespar e diretor do Secovi-PR, prevê índices positivos para 2024, com várias entregas de empreendimentos ao longo do ano, beneficiando tanto compradores em busca de imóveis próprios quanto investidores.

Especialistas indicam que a quantidade significativa de lançamentos pode levar a uma estabilização no ticket médio de aluguéis, apostando na lei de oferta e demanda. Quanto à inadimplência, o índice se manteve abaixo ou próximo de 1% ao longo de 2023.

No mercado de compra e venda, a taxa Selic desempenha um papel crucial, pois sua redução amplia o acesso ao crédito para compradores interessados em financiar a aquisição de imóveis. A redução da Selic de 13,75% no final de 2022 para 11,75% no final de 2023 impacta positivamente o mercado.

Ilso José Gonçalves, diretor do Secovi-PR, observa que, embora o primeiro ano de um novo governo geralmente seja mais tímido no mercado imobiliário, 2023 foi surpreendentemente movimentado e próximo de 2022.

Ele sugere que a tendência de queda na taxa Selic deve persistir até o final de 2024, incentivando os consumidores a utilizar seus recursos para investir em imóveis, seja para aluguel ou uso próprio, como forma de valorizar o patrimônio. Gonçalves também destaca a expectativa de redução nas taxas de financiamento e maior disponibilidade de crédito no mercado.

Além das expectativas relacionadas à Selic, o mercado se transforma com o retorno do programa "Minha Casa, Minha Vida", oferecendo subsídios como prestações menores de financiamento, o que impactará positivamente o setor ao longo de 2024. 
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