Com um custo anual estimado em R$ 1 bilhão, o sistema de transporte coletivo em Curitiba não se sustentaria com a implantação de uma tarifa zero. Em entrevista à BandNews FM, o presidente da Urbs, Ogeny Maia Neto, argumentou que caso a gratuidade fosse implantada seria preciso novos investimentos que resultariam em um custo até 2,5 maior que o atual, extrapolando assim a capacidade em caixa para suprir o sistema.
“Muitas cidades conseguem fazer tarifa zero porque tem capacidade financeira e orçamento para isso. São cidades pequenas, que não tem integração metropolitana, e conseguem absorver isso dentro do seu orçamento.
Você tem que tirar dinheiro de algum lugar pra isso e aí fica uma situação muito difícil”, argumenta.
No ano que vem, debates sobre a nova licitação do transporte coletivo de Curitiba devem tomar conta do noticiário e da agenda política na cidade.
O contrato atual vence no início de 2025 e a expectativa é que mudanças sejam pactuadas entre Município e empresas de ônibus.
O presidente da Urbs adiantou que o desejo da gestão atual é incluir entre as cláusulas novos modais de transporte, principalmente os ecologicamente corretos.
“O contrato atual fecha no Diesel, então temos que mudar isso. As dificuldades desse contrato serão levadas em consideração, sim. Queremos trazer um equilíbrio, depois começamos a reduzir o custo.”
Entre as novidades previstas para o transporte coletivo de Curitiba já para 2024, antes mesmo do novo contrato, estão às integrações com outros meios de transporte.
Segundo Ogeny, novos investimentos devem ser feitos em breve com o objetivo de desafogar o trânsito nas principais vias da cidade.
*Reportagem de Leonardo Gomes, para a BandNews Curitiba