O deputado federal e delegado Matheus Laiola (União Brasil) e outros três agentes policiais viraram reús pelos crimes de concussão, sequestro e cárcere privado. O caso denunciado à Justiça ocorreu em fevereiro de 2019, quando os alvos integravam a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba, chefiada à época por Laiola.
A denúncia, recebida pela 4ª Vara Criminal de Curitiba, cita que o delegado e outros três investigadores teriam exigido R$ 50 mil do dono de uma rede de combustíveis, para soltar um dos funcionários da empresa, que foi preso sem ordem judicial.
O homem teria sido preso, em flagrante, por possíveis irregularidades no local.
A denúncia diz que ele foi liberado, após o pagamento de R$ 10 mil para os agentes. O funcionário foi apreendido no horário de trabalho, no posto localizado em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Em 2021, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, cumpriu dez mandados de busca e apreensão na delegacia e no posto de combustíveis.
No ano passado, os investigados foram novamente alvos de ordens judiciais, desta vez em suas residências. Durante a 2ª fase da operação, foram apreendidos cerca de R$ 29 mil, U$ 1 mil dólares, além ainda de uma arma de fogo e 16 celulares.
O promotor de Justiça, Emiliano Antunes Motta, cita que a investigação ainda envolve um quinto agente policial.
“Um outro agente policial também envolvido com os fatos e igualmente denunciado pelo Ministério Público do Paraná teve seu processo desmembrado por estar preso preventivamente e aguarda a sentença", disse, à BandNews Curitiba.
As investigações começaram por meio de uma denúncia. Atualmente, dois agentes estão aposentados e um terceiro chegou a ser transferido para outra delegacia.
Matheus Laiola foi o nono deputado federal mais votado no Paraná, com cerca de 132.700 votos. Paraná Portal