O diretor executivo do Paraná Clube, Pedro Soriano, concedeu entrevista exclusiva à equipe de Esportes da Banda B nesta quinta-feira (7). No papo, o dirigente tricolor falou sobre a preparação paranista para a estreia na Série D do Brasileirão, que começará para a equipe dentro de dez dias.
Soriano se mostrou confiante no elenco e na comissão técnica que estão sendo montados depois do vexame vivido no Campeonato Paranaense – no qual o Paraná foi rebaixado, com o pior ataque e a pior defesa – e a queda na primeira fase da Copa do Brasil. Para ele, é preciso “pôr uma pedra em cima”.
“Hoje, o grupo de atletas e comissão técnica têm consciência do tamanho da competição que vamos disputar. Vejo como a principal competição da história do Paraná, porque já disputou a Libertadores, o que é ótimo (…) Títulos, conquistas são importantes, mas a partir do momento que o juiz apitar e começar o jogo contra o Oeste, é a Quarta Divisão começando, não é a Libertadores. Temos ciência da dificuldade, mas também temos ciência da conquista lá na frente. Vamos trabalhar bastante, trabalhar quietinho ali, para chegar lá na frente com grandes chances de acesso”, declarou.
O executivo paranista vem tendo o apoio constante do técnico Omar Feitosa, do empresário Luiz Alberto Oliveira, da LA Sports, e de toda a diretoria do Tricolor. Em mais de uma resposta, Soriano repetiu que “a margem de erro é pequena” para o clube, que precisa do acesso para a Série C nacional se quiser ter calendário nacional em 2023.
“Temos que saber a nossa realidade, os nossos prós e contras. Estamos montando um time competitivo para a divisão, o Paraná para mim é uma camisa absurda de grande, tem uma torcida que empurra, é muito difícil jogar na Vila, às vezes é difícil jogar fora porque você tem mais torcida paranista do que rival. Por exemplo, acredito que a nossa torcida estará presente em Barueri (SP) no nosso primeiro jogo. Contamos com a torcida, mas temos que ter os pés no chão, o time é competitivo para essa divisão, que está chegando sabe disso. Não tem titular ou reserva ali, cada um vai ter que buscar o seu espaço”, acrescentou.
Reforços e reconstrução
Recém-chegado, próximo de completar 30 dias no departamento de futebol do Paraná, o executivo destacou o trabalho minucioso para contratações que possam fazer a diferença em favor do acesso paranista nesta Série D. Isso explica o fato de que sete reforços tenham sido anunciados, mas o Tricolor já tem pelo menos outros cinco novos nomes fechados.
“Essa questão de quantidade de atletas já pegamos agora, para início da Série D, eram mais de 30 contratações, já temos algumas saídas e alguns atletas… temos algumas peças para chegar (…) A nossa margem de erro é pequena, não vamos poder contratar 20, 30 atletas, queremos trabalhar com um elenco de 30 atletas, temos poucas vagas, querendo errar o mínimo possível, tentando acertar todas”, explicou.
Soriano falou também sobre a reconstrução que o Paraná vive em vários setores do clube. Após o Paranaense, a comissão técnica, o departamento médico, de fisiologia e outros foram reformulados, porém ele pontuou que nem tudo estará pronto já para a estreia na Quarta Divisão nacional. O trabalho prosseguirá nos próximos meses.
“Completo quase um mês no Paraná, que passou por uma reformulação grande após o Estadual, nos bastidores, de staff, comissão técnica, departamento médico, fisioterapia toda reformulada, chegada do Omar Feitosa com os auxiliares, preparação física, de goleiros… Trocamos parte de fisiologia também. Estamos fazendo algumas alterações para os processos do Paraná rodarem melhor”, revelou.
Soriano ainda disse que o atacante Alemão (que estava no Maringá e que atuou na Vila Capanema em 2017) pode chegar, e que o Grupo A7 da Série D é muito difícil, mas os rivais do Paraná também estão em processo de reformulação, o que pode equilibrar a disputa.
GMConline