Moradores de Campo Largo sofrem com o transporte público: “Depois da pandemia nunca mais voltou ao normal”

 


Aos poucos a vida volta ao normal após dois anos enfrentamento a pandemia da Covid-19. As máscaras não são mais obrigatórias, a vacina está disponível para a maior parte da população e os eventos com público podem ser realizados.


Mas para quem depende do transporte público em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, a sensação é de que o período pandêmico está no início, com redução nos horários das linhas ofertadas.


A reportagem da Banda B esteve na cidade e registrou as reclamações, como o relato da diarista Jocélia Alvaristo, que mora no bairro Itaqui. Ela não tem escolha. Tem que esperar e embarcar no ônibus lotado, uma vez que os horários estão restritos.


“Deveria voltar ao horário normal, antes era de quinze em quinze minutos, agora é mais de meia hora. Está complicado, está ruim. E, depois, quando o ônibus chega, chega lotado”, desabafou.


Silvio Ferreira Ramos estava a espera de um ônibus quando falou com a reportagem da Banda B. Ele disse que prefere andar de bicicleta para não depender do horário do transporte público.


“Eu ando mais de bicicleta, faz exercício. Estão muito atrasados estes ônibus, você fica no ponto muito tempo, está bem feio o negócio”, resumiu.


O operador de empilhadeira Jorge Luiz Gonçalvez depende do transporte público para trabalhar. Ele contou que mesmo com a redução no número de casos de Covid-19, liberação das máscaras e retomada de vários setores, não houve a retomada da grade de horários dos ônibus.


“Depois da pandemia que reduziu os ônibus nunca mais voltou ao normal. Antes eram 20 em 20 minutos, agora são 40 minutos”, disse.


A situação, segundo ele, se agravou com uma mudança no transporte escolar de Campo Largo, oferecido pela Prefeitura. Após a alteração, Gonçalvez percebeu um aumento no número de usuários nas linhas urbanas convencionais.


“Agora piorou porque as linhas do transporte escolar foram reduzidas, então os alunos estão usando o transporte normal também”, afirmou.


A aposentada Célia Camargo contou que o transtorno nos horários acontece a qualquer hora do dia.


 

“Bem difícil. Eu quase nem ando, mas acompanho as reclamações. Quando eu uso preciso ficar bastante tempo esperando”, disse.


O que diz a Prefeitura?

A Banda B fez contato com a Prefeitura de Campo Largo e aguarda um posicionamento. O espaço permanece aberto para as considerações envolvendo as reclamações dos usuários do transporte coletivo. A Banda B também tenta contato e o posicionamento da empresa responsável pelo serviço.


Banda B

Postagem Anterior Próxima Postagem