Urbs descarta tarifa mais barata no cartão-transporte e diz que Comec recebeu subsídio para incentivar uso

 


O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, descartou nesta quarta-feira (2) uma cobrança mais barata na tarifa de ônibus quando feita pelo cartão-transporte. 

O questionamento surgiu após a Coordenação da Região Metropolitana (Comec) anunciar a adoção do sistema, a partir do próximo dia 15 de março. Segundo a Urbs, a cobrança diferenciada é possível graças a um subsídio extra do Governo do Estado para incentivar o uso no transporte metropolitano.

De acordo com a empresa gestora do transporte da capital, a Comec quer incentivar o uso do cartão-transporte e adotou a medida diferenciada. “A região metropolitana receceu R$ 200 milhões de subsídio. 

Como eles possuem a maior parcela de pagamento em dinheiro, querem fazer como em Curitiba hoje, que de 65% a 75% é pago em cartão. Então, a maneira foi fazer esse subsídio. Muito provavelmente quando atingirem o objetivo, o equilíbrio [entre os dois meios de pagamento] será atingido”, disse.

Os reajustes na tarifa de ônibus aconteceram na última segunda-feira (27), em Curitiba e também na região metropolitana. Entre as justificativas, a Urbs afirma que desde 2019 a tarifa não era reajustada. 

“Os componentes de custo do transporte coletivo subiram bem acima da inflação. Entre fevereiro de 2019 e dezembro de 2021, o diesel subiu 76%, o biodiesel 131%, salários e benefícios 22% e pneus 42,79%. Mesmo assim o reajuste da tarifa de Curitiba ficou limitado em 22%, em linha com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)”, justifica.

Déficit

Com uma tarifa técnica que deve variar de R$ 6,36 a R$ 7,20 nos próximos 12 meses, o subsídio necessário para cobrir o déficit é projetado em R$ 157 milhões, sendo R$ 97 milhões bancados pela Prefeitura e R$ 60 milhões do Governo do Estado.

Segundo Maia Neto, a conversão para pagamento em cartão deve ser feita em até um ano na região metropolitana. Banda B

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