Três milhões de paranaenses não têm coleta de esgoto, aponta pesquisa

 


Pouco mais de três milhões de paranaenses não têm acesso à coleta de esgoto. O total é equivalente a 26% da população do Estado. 


É isso que aponta a 14ª edição do Ranking do Saneamento, que mapeia o acesso à água limpa em todo o país, produzido pelo Instituto Trata Brasil. O material foi divulgado nesta terça-feira (22), quando é marcado o Dia Mundial da Água.


Em todo o Paraná, cerca de 579 mil pessoas não têm acesso à água tratada. De acordo com o levantamento, as piores cidades de saneamento básico no Brasil investem, em média, 340% a menos do que municípios com quase acesso total aos serviços. As informações são da BandNews Curitiba.


A presidente executiva da instituição, Luana Siewert Pretto, destaca que a falta de capital é o ponto em comum entre os locais mais prejudicados pela falta de abastecimento.


"Quanto maior o investimento por habitante que é feito numa cidade, melhores serão os índices de coleta e tratamento de esgoto e abastecimento de água.


 Entre as 20 piores cidades, o investimento por habitante é muito baixo. As políticas publicas que compõem essas cidades no ranking não enfatizaram corretamente o investimento", aponta.


Paralelamente, seis municípios paranaenses estão entre as vinte melhores cidades do país em saneamento básico. São eles: Curitiba, São José dos Pinhais, Cascavel, Maringá, Ponta Grossa e Londrina. A presidente afirma que as cidades são classificadas conforme a qualidade da distribuição da água, os investimentos e perdas no sistema.


"O Ranking de Saneamento considera o índice de coleta e tratamento do esgoto, o índice de população abastecida com água e o percentual de perdas de faturamento e de distribuição da água, e também os investimentos realizados por essas empresas. 


Então com base nesses indicadores chega-se a uma nota final, da qual é leito o ranqueamento das cidades. Esses municípios paranaenses estão entre os vinte melhores em termos de saneamento no Brasil", explica.


Nenhum município do Estado entrou para a classificação das vinte piores cidades. Em âmbito nacional, a falta de acesso à água tratada atinge 35 milhões de pessoas.


Os dados apontam também que o país não trata, em média, metade do volume total de esgoto gerado. O relatório analisa os indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Regional.

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