O 1ª comissão disciplinar Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) condenou o Paraná Clube pela invasão de campo, da torcida, no duelo contra o União Beltrão, pelo Campeonato Paranaense. O Tricolor foi multado em R$ 15 mil e perdeu oito mandos de campo no estadual.
O relator do caso, Arthur Fernandes, votou pela condenação com uma multa total no valor de R$ 55 mil e com uma perda de mando de oito jogos no Estadual. Porém, na maioria de votos, o TJD-PR votou por uma punição menor em relação à multa, por R$ 15 mil.
Para as denúncias no artigo 213, o documento trata de: “quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade, ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial”.
Paraná ainda pode recorrer da decisão
O Paraná ainda pode recorrer ao Pleno do TJD e para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro. Eventuais perdas de mando de campo deverão ser pagar na disputa da Divisão de Acesso do próximo ano, enquanto as multas têm um prazo estabelecido para serem pagas — geralmente 10 dias a partir da notificação.
A confusão
Uma guerra campal marcou o rebaixamento do Paraná Clube para a Segunda Divisão do Campeonato Paranaense 2022. Aos 40′, do segundo tempo, torcedores invadiram o gramado da Vila Capanema, durante Paraná x União Beltrão, e agrediram os jogadores do Tricolor. O jogo precisou ser interrompido e não foi finalizado. Em campo, a equipe paranista perdeu por 3 a 1.
Em sua súmula, o árbitro Leonardo Ferreira Lima descreveu o que viu a partir dos 40 minutos do segundo tempo. No relato, ele informa uma agressão na supervisora de Imprensa da Federação Paranaense de Futebol, Julia de Mello Abdul Hak, atingida por uma garrafa
“Informo que a partida por interrompida aos 40 minutos do 2º tempo, devido à invasão no campo de jogo pela torcida do Paraná Clube, ocasionando uma confusão generalizada.
Após aguardarmos 30 minutos do devido ocorrido, fomos informados pelo comandante da Polícia Militar, Capitão Marcos Roberto, ‘que não teria condições de garantir a segurança para prosseguimento da partida’.
Após o recebimento desta informação, a partida foi dada por encerrada pelos motivos acima citados. Informo também que, durante o tumulto generalizado, a supervisora de imprensa (da FPF) sra. Julia de Mello Abdul Hak foi atingida na cabeça por uma garrafa jogada em sua direção”, relatou o árbitro.
Banda B