O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou na noite desta quarta-feira (9) que desistiu de concorrer à Presidência da República.
Pacheco havia sinalizado a desistência já na terça-feira (8), quando disse que "nunca afirmou" que se lançará na corrida pelo Palácio do Planalto.
Em novembro, o PSD fez um evento em Brasília para alavancar o nome de Pacheco. Ele, no entanto, não conseguiu decolar nas pesquisas.
Em discurso nesta quarta, Pacheco afirmou que precisava dedicar sua energia "a conduzir o Senado neste ano fundamental para a tão ansiada recuperação do nosso país".
"O cargo que me foi confiado por meus pares está acima de qualquer tipo de interesse pessoal ou de ambição eleitoral", afirmou. "Meus compromissos como presidente do Senado e com o país são urgentes, inadiáveis e não permitem qualquer espaço para vaidades. Por isso, afirmo que é impossível conciliar essa difícil missão com uma campanha presidencial."
A candidatura do presidente do Senado vinha sendo trabalhada desde o ano passado por Gilberto Kassab, presidente do PSD, mas havia algum tempo já não era levada em conta nos bastidores políticos de Brasília.
Pacheco não conseguiu decolar nas pesquisas eleitorais e, diferentemente de outros concorrentes, não demonstrava estar empenhado na corrida ao Palácio do Planalto.
Mesmo com a desistência, o PSD segue afirmando que terá candidato à Presidência. Um dos nomes cotados é o do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que, para isso, teria que se desfiliar do PSDB.
O partido, porém, tem mantido conversas com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva. Para parte do mundo político, ele deverá apoiar a candidatura do ex-presidente.
No discurso em que anunciou a desistência nesta quarta, Pacheco disse que dedicará toda energia possível na condução da Casa Legislativa e que espera que o pleito de 2022 ocorra dentro da normalidade.
"Vou lutar, dentro e fora do Senado, para que as eleições gerais deste ano tenham como resultado o fortalecimento institucional e democrático do país. E que se faça valer a soberania popular através do voto, o voto livre, o voto secreto", disse.
Ele disse que "qualquer tentativa de retrocesso democrático deverá ser rechaçada com veemência por aquele que ocupa esta cadeira de presidente do Senado e do Congresso Nacional".
Pacheco agradeceu o presidente do partido, Gilberto Kassab, que estava presente no plenário do Senado no momento do discurso.
"Tenho absoluta certeza que o PSD em sua dimensão saberá qual o melhor caminho a seguir, sustentado na defesa das instituições, da democracia, das liberdades e na urgente promoção da recuperação que o Brasil, os brasileiros e as brasileiras tanto necessitam".
O presidente do Senado também indicou que, apesar de ter retirado a candidatura, não descarta concorrer a presidente em outras eleições.
"Sou jovem, tenho muito trabalho ainda a prestar ao país e à vida pública. Estou em meu primeiro mandato como senador. E, acima de tudo, sei de minha responsabilidade com o Brasil", disse.
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