Nos pênaltis, Athletico elimina o Londrina e avança para o Athletiba

 


O Athletico está nas semifinais do Campeonato Paranaense. Jogando na Arena da Baixada, a equipe do técnico Alberto Valentim venceu o Londrina no tempo normal por 2 a 1, na tarde deste domingo (20), e avançou depois de derrotar o Tubarão por 4 a 2 nas penalidades máximas.


Com o resultado, o Furacão fará o clássico Athletiba diante do arquirrival Coritiba (que eliminou o Cianorte no último sábado), em busca de uma vaga na grande decisão do Estadual. O primeiro jogo acontece neste meio de semana no Joaquim Américo, com o segundo confronto acontecendo no próximo final de semana no Estádio Couto Pereira.


As quartas de final no reduto athleticano poderiam ter sido menos complicadas. Embora tenha dominado a partida em quase a sua íntegra, o Rubro-Negro não teve a potência ofensiva que se espera do time, e a retranca alviceleste levou a melhor em boa parte do tempo. Nos únicos dois cochilos dos visitantes, o Athletico chegou aos seus gols.


A classificação estava vindo no tempo normal, mas um descuido em um escanteio permitiu ao Londrina diminuir o marcador, garantindo aquilo que a equipe do Norte do estado veio buscar em Curitiba: a decisão nos pênaltis. Mas os visitantes não contavam com o goleiro Santos, que fez a diferença para alegria dos athleticanos.


Eliminado do Paranaense, o Londrina agora foca as suas atenções na preparação para a Série B do Brasileirão. Já o Furacão tem o Athletiba pela frente, e em abril terá ainda a Copa Libertadores, o Brasileirão e a terceira fase da Copa do Brasil em sua temporada.


Pressão rubro-negra x ferrolho alviceleste

Com a necessidade da vitória, o Athletico não perdeu tempo e com menos de um minuto conseguiu duas chegadas ao gol do goleiro Matheus Albino, do Londrina. Nenhuma das oportunidades levou perigo, porém mostrou qual seria o espírito do Furacão, sobretudo pela necessidade da vitória.


Aos seis minutos, Pablo recebeu ótimo passe e, no momento do passe, tocou forte demais e David Terans não conseguiu aproveitar. Até os dez minutos, só deu Rubro-Negro no Joaquim Américo. A estratégia do Tubarão, organizada pelo técnico Adilson Batista, claramente envolvia fazer um verdadeiro ferrolho, impedindo arremates athleticanos.


Os visitantes chegaram pela primeira vez aos 11, sem perigo. O Alviceleste, aliás, não levou qualquer perigo à meta do goleiro Santos nos primeiros 45 minutos. A situação era parecida na outra extremidade do gramado, uma vez que o Athletico, mesmo com ampla vantagem na posse de bola, esbarrava na marcação e em seus próprios erros.


Quando a torcida já começava a ficar impaciente, veio o desafogo para o Furacão. E só podia vir em uma jogada individual. Coube ao aniversariante do dia, o atacante Davi Araújo (que fazia 23 anos) criar o lance que, após chute cruzado, terminou nas redes londrinenses – Albino deu uma leve colaboração no lance.


Um minuto depois, aos 34, Pablo recebeu cruzamento de Araújo e cabeceou com perigo, quase fazendo o segundo. Com o resultado de momento, a decisão estava indo para os pênaltis, mas o Athletico não se daria por satisfeito. Aos 44, o arqueiro do Tubarão impediu o segundo dos donos da casa com uma ótima defesa.


O primeiro tempo só não foi de total satisfação porque o volante Erick, no último lance, sentiu uma contusão que, aparentemente, preocupa a comissão técnica rubro-negra.


Gols e suposta ofensa racial na etapa final

Cristian no lugar de Erick. Marcelinho no lugar de Thiago Ribeiro. Athletico e Londrina voltaram para os 45 minutos finais com uma alteração de cada lado, contudo dentro das quatro linhas a dinâmica do jogo em nada mudou. De um lado, os donos da casa com mais posse de bola, rodando a bola em busca de um espaço, e do outro uma equipe focada em se defender.


Aos oito minutos, o Tubarão teve a sua melhor chegada ofensiva, quando Marcelinho acionou Coutinho, que bateu de primeira e mandou para fora. Aos 14, Jader entrou no lugar do machucado Julimar e precisou de apenas um minuto para participar de um dos lances polêmicos do segundo tempo.


O meia do Furacão bateu da entrada da área, a bola explodiu no braço de Saimon e o árbitro Rodolpho Toski Marques mandou a partida seguir. Aos 23 minutos, outro pedido de pênalti pelos athleticanos, depois de jogada de Dani Bolt terminar batendo no braço de João Paulo. Outra vez, o juiz não viu qualquer irregularidade no lance.


Do lado alviceleste, Adilson Batista usou as suas alterações para reforçar a marcação, deixando claro que a meta era levar a partida para os pênaltis. Já o Furacão, mesmo com a entrada de Rômulo, artilheiro do Estadual, seguia com pouca inspiração e repertório ofensivo. Falando em ofensa, um torcedor rubro-negro foi levado pela polícia por uma suposta ofensa racial contra Samuel Santos, do Londrina.


Voltando ao jogo, se com a bola rolando estava difícil, veio pela bola parada o segundo do Rubro-Negro. Aos 38, cruzamento na área acabou na cabeça de Terans, que marcou o tento que levava o Furacão para as semifinais. Mas nem deu tempo de comemorar. Dois minutos depois, Augusto aproveitou cruzamento na área e cabeceou para diminuir para o Tubarão.


Aos 47, os donos da casa tiveram uma última chance, com Daniel Cruz, mas pararam mais uma vez em Matheus Albino. Viriam a seguir as penalidades máximas, porém antes a torcida pedia a saída do técnico Alberto Valentim. Antes do destino final, rubro-negros ainda arrumaram tempo para brigar entre si nas arquibancadas, dando trabalho aos seguranças do clube.


Santos faz a diferença

Nas penalidades máximas, Pablo, Jader, Terans e Rômulo marcaram para o Furacão, que teve 100% de aproveitamento em suas cobranças. Não foi preciso bater o quinto pênalti, já que o goleiro Santos defendeu uma tentativa alviceleste, e a penalidade final foi mandada para fora por Salatiel. Que venha o Athletiba.


Banda B


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