‘Lei do ex’ aparece em Pouso Alegre (MG) e o Paraná está eliminado da Copa do Brasil

 


O Paraná Clube colecionou mais um vexame em 2022. Após ser rebaixado no Estadual, o Tricolor foi eliminado pelo Pouso Alegre-MG ao perder por 2 a 0, na noite desta terça-feira (1º), no sul de Minas Gerais, em sua estreia na Copa do Brasil. A equipe mineira vai enfrentar o Coritiba na próxima fase.

O Dragão foi superior durante praticamente todo o tempo no duelo de lanternas – o Pousão é o último colocado no Campeonato Mineiro e não havia vencido nenhuma partida neste ano. Com o apoio da sua torcida, o time que fazia a sua estreia também em competições nacionais criou oportunidades para vencer com ainda mais folga, ante um Paraná sem qualquer poder ofensivo.

Mesmo iniciando o jogo com três zagueiros e três volantes, o Tricolor não conseguia segurar o veloz e envolvente ataque do Pouso Alegre, que impôs forte pressão no primeiro tempo. O gol que abriu o placar foi de um velho conhecido: Eberê, atacante que defendeu a equipe de Vila Capanema na temporada passada.

Escapando de uma goleada, o Paraná não demonstrou forças para empatar. E, na tentativa de chegar lá, sofreu o segundo em lance de grande liberdade em favor de Denner. Para um time que fez apenas cinco gols em dez partidas na temporada, fazer dois em pouco mais de meia hora parecia um objetivo quase impossível de ser atingido.

Dentro de campo, o Paraná se despede da elite do Campeonato Paranaense no próximo domingo (6), às 16h, diante do Rio Branco em Paranaguá. Na sequência, é esperada uma grande reformulação antes da estreia na Série D do Brasileirão, fora de casa, em Barueri (SP), diante do Oeste, no dia 17 ou 18 de abril.

Apatia paranista é protagonista no sul de Minas

Tão logo a bola rolou no Manduzão, o ânimo dos jogadores do Paraná parecia estar renovado. A equipe disputava cada bola em pé de igualdade com o Pouso Alegre que, pelo regulamento da Copa do Brasil, precisaria vencer a primeira partida da temporada, e da sua história em torneios nacionais organizados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

O equilíbrio foi a tônica do jogo pelos primeiros dez minutos, mas a partir daí o Dragão começou a pressionar, tanto nas roubadas de bola quanto nos contra-ataques. Embora tivesse espaço, o Tricolor nada conseguia criar, errando muitos passes e, pouco a pouco, acabou recuando, sendo uma presa fácil para o time mineiro.

Aos 13 minutos, o Pousão quase abriu o placar com Foguinho. Três minutos depois, Denner cabeceou e a bola explodiu na trave do goleiro Murilo. O gol dos donos da casa ia amadurecendo, enquanto crescia a apatia paranista. De tanta pressão, os visitantes cederam perante um velho conhecido e a famosa “lei do ex”.

O atacante Eberê, que defendeu o Paraná em 2021, recebeu cruzamento e mandou para as redes tricolores. O psicológico dos paranistas, ainda abalado pelo rebaixamento e pela violência vivida pelo Campeonato Paranaense, se desmanchou no restante do primeiro tempo, e o Pousão construiu ao menos quatro chances claras para ampliar o placar.

Jogando com três zagueiros e três volantes, o Tricolor precisaria reagir e buscar ao menos o empate que lhe daria a classificação. Todavia, pelo que foi visto em campo, a missão do técnico Rodrigo Cascca parecia bastante inglória passados os primeiros 45 minutos.

Mexidas nada mudam e nosso vexame se impõe

Em péssima noite, Douglas Araújo deixou o jogo para a entrada de Juninho do lado paranista. Mas a alteração em nada mudou o cenário. Animado pela vitória até então parcial, o Pouso Alegre seguiu de onde parou no segundo tempo e se aproveitou do nervosismo do Tricolor logo aos sete minutos.

Depois de um erro de saída de bola, Denner recebeu com grande liberdade e, com tempo, ainda escolheu o canto para vencer Murilo e fazer o segundo do Pousão. Para uma equipe que só marcou cinco vezes em dez compromissos neste ano, o Paraná tinha uma grande montanha no setor ofensivo para vencer. E tudo em aproximadamente 35 minutos que ainda restavam.

Para tentar isso, Cascca desmontou o esquema com três zagueiros, sacando Franklin e promovendo a entrada de Pablo Thomaz, enquanto Romário substituiu Iacovelli. Contudo, nada que o treinador tentou surtiu efeito em campo, onde os mineiros apenas se defendiam bem, esperando o tempo passar.

As entradas de Gui Nascimento e Thiaguinho, as últimas para tentar gerar algum perigo para o gol de Cairo, arqueiro do Dragão, até deram alguma esperança – tanto que, aos 32 minutos, Tadeu por pouco não diminuiu para o Paraná, fazendo o camisa 1 trabalhar pela primeira vez de fato na partida.

A cada minuto até o apito final, cresceu a tristeza do torcedor com mais um momento histórico negativo no passado recente do Tricolor. Para a diretoria, uma preocupação extra: a eliminação custou R$ 750 mil que o clube deixa de receber, tendo de se consolar apenas com os R$ 620 mil pela sua participação sem brilho na edição 2022 da Copa do Brasil.

Banda B

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