Uma nova empresa assumirá a administração o ferry boat de Guaratuba, no litoral do Paraná, a partir da 0h01 desta quinta-feira (09). O anúncio foi feito pelo diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), Fernando Furiatti, em entrevista coletiva à imprensa.
Segundo Furiatti, um contrato emergencial foi firmado com duração de seis meses com a empresa Internacional Marítima, até que outra licitação seja feita.
“A gente vinha tentando que a antiga empresa cumprisse com tudo aquilo que estava no edital para o qual ela foi contratada, mas após não termos sucesso com isso chegamos a possibilidade de uma caducidade do contrato e foi isso que fizemos.
Essa nova empresa vai fazer a operação e os investimentos necessários para que a travessia na baía de Guaratuba continue sendo segura para os usuários que passam por ali”, explicou o diretor do DER.
A Internacional Marítima está no mercado há mais de 30 anos e é responsável pela travessia de Salvador a Ilha de Itaparica, na Bahia.
“Então buscamos esse histórico da empresa e ela tem sim capacidade de fazer esse serviço. Ela agora tem prazo para apresentar novas embarcações, já esta fazendo uma busca no mercado’, continuou Furiatti.
A nova empresa já está no Litoral do Paraná para fazer a transição da operação, sem haver a paralisação do serviço. Ela entra imediatamente para estabelecer as condições de trafegabilidade no local.
O valor da tarifa continua R$ 8,90. Neste primeiro momento, a companhia vai operar com os três ferry boats do Estado, com uma balsa extra que já tem disponível.
Encerramento
O encerramento do contrato anterior foi motivado pelo não cumprimento das cláusulas previstas no contrato para o atendimento da população. Até então, o Governo do Estado já aplicou 141 autos de infração na empresa, processos que continuarão em andamento. A troca emergencial, mesmo durante a temporada de verão, teve o aval da Controladoria-Geral do Estado (CGE).
A travessia de ferry boat é historicamente operada por uma empresa privada, sendo todos os serviços prestados fiscalizados pelo DER/PR, desde a compra do bilhete até o desembarque, seguindo critérios estabelecidos em contrato. As embarcações e a operação são inspecionadas diariamente pelo Governo do Estado e periodicamente também pela Marinha do Brasil.
O contrato com a antiga empresa foi assinado em abril de 2021 e tinha previsão de operação de dez anos. A condição da travessia dos veículos vinha sendo alvo de questionamentos e ajustes por parte do Estado desde o início do contrato.
Neste ano, no entanto, a operação começou a apresentar problemas mais graves, como o afundamento de um atracadouro, o que motivou inclusive uma ação judicial por parte do Estado. Banda B