A Prefeitura de Paranaguá, no litoral do Paraná, abriu nesta segunda-feira (10) o cadastro para que usuários do transporte público se inscrevam na Tarifa Zero. Esta é a primeira etapa de implantação do programa.
Conforme lei, sancionada em 13 de dezembro pelo prefeito Marcelo Roque, a gratuidade será oferecida para os moradores da cidade com pelo menos seis anos e também para pessoas que vivem na região do litoral e trabalham em Paranaguá. Entenda, abaixo, detalhes da lei.
O cadastro precisa ser feito exclusiva na internet, pelo site da prefeitura.
A previsão da administração pública é que o programa atinja cerca de 150 mil pessoas que usam o serviço na cidade. Hoje, a passagem custa R$ 3,70.
Ainda de acordo com a lei sancionada, depois do cadastro, o próximo passo será a divulgação de um endereço para que os passageiros façam a retirada do cartão transporte do programa.
A gratuidade, conforme previsão, deve começar a funcionar em março. A lei que implanta a "Tarifa Zero" foi aprovada em dezembro do ano passado pelos vereadores de Paranaguá e sancionada pelo prefeito Marcelo Roque (Podemos) no dia 13 do mesmo mês.
Conforme texto, para pagar o custo de manutenção da tarifa gratuita, a prefeitura criou um novo imposto municipal que será cobrado mensalmente de todas as empresas da cidade. O valor que cada uma irá pagar estará atrelado ao número de funcionários e custará cerca de R$ 50, segundo o prefeito.
As guias de pagamento serão emitidas pela Secretaria Municipal da Fazenda e Orçamento.
A arrecadação para o financiamento do transporte também virá das seguintes fontes:
dotação orçamentária própria;
recursos do Fundo de Transporte Coletivo Municipal;
todos os recursos obtidos com a publicidade no sistema de transporte coletivo.
Em mensagem enviada à Câmara Municipal em novembro, o prefeito de Paranaguá explicou que a ideia do município assumir os custos do transporte veio frente aos constantes "aumentos das despesas que compõem os custos da operação", como valor do diesel e manutenção dos ônibus.
“Tal fato encarece de sobremaneira o custo da tarifa do transporte coletivo, tornando o serviço menos atrativo e cada vez mais financeiramente deficitário. Pensando nisto, foram desenvolvidos vários estudos com o fim de viabilizar a instituição do programa [...] em outras palavras, o município irá financiar o sistema de transporte coletivo de forma integral”, disse.
Funcionamento
A lei prevê, além da gratuidade na passagem, a implantação de novas rotas intermunicipais.
O transporte continuará sendo feito pela empresa Viação Rocio, que detém a concessão do transporte coletivo no município até março de 2023.
Com a mudança estipulada pela lei, a administração pagará subsídio à empresa. O valor não foi informado.
A prefeitura também não informou quantas rotas serão criadas, nem detalhou o plano para a criação das novas linhas.
O impacto financeiro total para o município também não foi divulgado. G1