Considerando o aumento expressivo dos casos de covid-19 da variante ômicron e com a declaração de epidemia da Influenza A (H3N2) pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, nesta quarta-feira (12), Curitiba prorroga por mais sete dias a bandeira amarela, reduzindo a ocupação nos estabelecimentos a 70% de sua capacidade total como medida de cautela sanitária.
A decisão foi tomada pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e passa a valer a partir desta quinta-feira (13), com a publicação do Decreto Municipal 30/2022, com vigência até 20 de janeiro.
A medida tem caráter preventivo e visa manter as atividades econômicas em funcionamento e foi definida após a avaliação dos indicadores da pandemia e da capacidade de resposta do sistema de Saúde do município frente aos novos casos.
Este novo decreto mantém as medidas de combate à pandemia adotadas desde o início de dezembro – como a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos ou de uso coletivo em Curitiba e a proibição de consumo de bebidas alcoólicas em via pública – e determina que a ocupação não deve ultrapassar 70% da capacidade de público prevista no Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB).
“Neste momento em que vemos um aumento exponencial dos casos da covid-19 pela variante ômicron e temos a epidemia da gripe no Paraná, a adoção de medidas para que as pessoas reforcem o distanciamento físico é necessária.
E seguem valendo os protocolos preventivos contra doenças respiratórias”, destaca o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides de Oliveira.
Entre esses protocolos, seguem fundamentais o uso de máscara facial, higienização constante das mãos (com álcool em gel 70% ou água e sabão), distanciamento social e manutenção dos ambientes arejados.
Em caso de sintomas respiratórios, a pessoa deve se isolar e procurar atendimento dos serviços de Saúde a que tiver acesso (público ou privado) para verificar o melhor momento para realizar a testagem contra a covid.
Distanciamento
As medidas determinadas pelo Decreto 30/2022 visam contribuir para a contenção das transmissões de coronavírus e influenza (gripe) com a menor circulação de pessoas ao mesmo tempo nos ambientes, favorecendo o distanciamento físico.
Além da ocupação em até 70% de sua capacidade máxima, todos os estabelecimentos devem cumprir o Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social de Curitiba e as orientações, protocolos e normas da Secretaria Municipal da Saúde e das demais Secretarias e entidades competentes em relação à prevenção à covid-19.
As medidas também têm o objetivo de proteger o sistema de saúde de uma sobrecarga.
Até o momento, a maioria dos casos de covid-19 têm se mostrado mais leves, devido à grande cobertura vacinal na cidade, mas, o aumento exponencial de novos casos por dia aumenta a probabilidade de internamentos.
Cenário
A SMS lembra que a definição da bandeira de alerta é definida pela análise de vários indicadores para o monitoramento da covid-19 adotado pelo Comitê de Técnica e Ética Médica e que permitem avaliar como está a capacidade de resposta do sistema de Saúde para o enfrentamento da pandemia e a definição das medidas necessárias para contenção da pandemia.
A partir do monitoramento diário desses indicadores, Curitiba está há 190 dias em bandeira amarela. Nos últimos dias o número diário de casos novos subiu 1.204,2% e a média móvel de casos ativos subiu de 566,5% no mesmo período, tendo contabilizado 9.104 casos em 12/1.
A média móvel do número de mortes por data de divulgação teve aumento de 60%, quando comparado a 14 dias atrás.
Nesta quarta-feira (12/1), a taxa de ocupação dos 65 leitos de UTI SUS exclusivos para covid-19 foi de 54%, com 35 pacientes internados.
A taxa de ocupação dos 161 leitos de enfermarias SUS covid-19/SRAG está em 70%. Há 48 leitos vagos. Tribuna